O uso do IMC como ferramenta no diagnóstico de obesidade vem sofrendo questionamentos. Uma recente publicação de uma comissão de especialistas reunida pela revista The Lancet sugere que o excesso de adiposidade seja confirmado por medidas antropometricas ou quantificaçao direta da gordura corporal. Agora, uma nova publicação mostra elevada concordancia entre o IMC e essas medidas, questionando a utilidade da nova proposta de classificação.

Vykat XR ((diazóxido colina de liberação prolongada) foi aprovado como primeiro tratamento da hiperfagia relacionada a Síndrome de Prader-Willi.

O uso do topiramato como agente terapêutico na obesidade tem sido aplicado na prática clínica, embora ainda de forma *off label*. Inicialmente desenvolvido como anticonvulsivante, o topiramato também é aprovado para a profilaxia da enxaqueca. Contudo, a observação de perda de peso como efeito colateral em pacientes com epilepsia levou à exploração de seu potencial na abordagem farmacológica da obesidade.

Neste mês de fevereiro, foi publicado o Consenso Brasileiro de Lipedema da Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular (SBACV).

A obesidade é sabidamente um fator associado a um maior risco cardiovascular. Além do IMC, a presença de gordura ectópica parece ter correlaçao ainda maior com tais eventos, reforçando a necessidade de se avaliar a distribuiçao de gordura corporal.

O critério objetivo atualmente utilizado no diagnóstico da obesidade é o índice de massa corpórea (IMC), medida que pode subestimar ou superestimar a adiposidade e fornecer informações inadequadas sobre a saúde em nível individual. Uma nova proposta, exigindo a confirmação do excesso de adiposidade para o diagnóstico, a a presença de complcaçoes clinicas ou limitaçoes às atividades diárias para o estadiamento, se apresenta para discussão.

A Cagrilintida, um analogo de amilina de segunda geração, foi associado a Semaglutida, aumentando ainda mais sua potência no controle glicêmico e do peso corporal. A combinação vem sendo estudada para o tratamento do diabetes tipo 2 e da obesidade com resultados promissores. Finalmente, os primeiros estudos fase 3 estão chegando.

Nesta semana, a empresa farmacêutica Eli Lilly anunciou os resultados preliminares do estudo SURMOUNT-5, primeiro ensaio clínico que comparou semaglutida e tirzepatida para tratamento de sobrepeso e obesidade em pacientes com diabetes mellitus.

Um recente estudo publicado na Nature trouxe novas evidências sobre a "memória obesogênica" do tecido adiposo.

Em pacientes com Insuficiência cardíaca de fração de ejeção preservada e obesidade a tirzepatida reduziu o desfecho composto de morte cardiovascular ou agravamento de IC em 38%. O resultado sedimenta o papel da terapia incretínica no tratamento desse perifil de pacientes.

Neste mês de novembro, ocorreu a Obesity Week 2024, uma conferência internacional realizada pela The Obesity Society em Sant Antonio, Texas. Durante o evento, foram apresentados dados preliminares do estudo OASIS 4, analisando a eficácia da semaglutida oral 25 mg para o tratamento de sobrepeso e obesidade.

Neste mês de outubro, foi publicado um guia de prática clínica elaborado por cinco entidades médicas (American Gastroenterological Association, American Society for Metabolic and Bariatric Surgery, American Society of Anesthesiologists, International Society of Perioperative Care of Patients with Obesity e Society of American Gastrointestinal and Endoscopic Surgeons ) com o objetivo de fornecer uma orientação unificada e multidisciplinar sobre o uso seguro dos agonistas do receptor de GLP-1 no perioperatório.

Durante o último Congresso Brasileiro de Endocrinologia e Metabologia foram apresentadas algumas recomendações da nova Diretriz sobre Recorrência de peso após a cirurgia bariátrica. Trazemos alguns dos pontos principais.

A obesidade infantil tem prevalência crescente na última década. A partir dos 12 anos, os análogos de GLP1 liraglutida e semaglutida já são possibilidades. Dados sobre o uso desses medicamentos em crianças mais jovens começam a surgir.

Publicação recente aponta redução de desfechos cardiovasculares com o uso da semaglutida em pacientes com insuficiência cardíaca, independente da fração de ejeção.

Nem todas as drogas para tratamento farmacológico da obesidade têm estudos realizados em mulheres com síndrome dos ovários policísticos.

Benefícios e possíveis riscos do uso da semaglutida por pacientes com Transtorno Mental Grave

Estudo de coorte demonstra superioridade da tirzepatida sobre a semaglutida em indivíduos com sobrepeso ou obesidade

No mês de setembro de 2021, a American Heart Associationa (AHA) publicou um Scientific Statement trazendo esclarecimentos sobre a interrelação entre obesidade e hipertensão e as particularidades envolvidas no tratamento do indivíduo portador das duas condições.