Endocrinologia

A hipoglicemia é uma das complicações mais comuns e preocupantes no manejo do Diabetes Mellitus tipo 1 (DM1). Episódios frequentes de hipoglicemia podem comprometer a qualidade de vida dos pacientes, afetando sua capacidade de realizar atividades diárias, incluindo a prática de exercícios físicos. A alimentação desempenha um papel crucial no controle glicêmico, e pesquisas recentes sugerem que a ingestão de proteína pode ajudar a mitigar o risco de hipoglicemia em indivíduos com DM1.

As Diretrizes Association of British Clinical Diabetologists and UK Kidney Association (ABCD-UKKA) publicadas em 2025 incorporam todas as evidências de ensaios recentes e propõem uma abordagem em etapas para a implementação das recomendações, a fim de promover uma intervenção holística e individualizada para múltiplos fatores de risco.

Agonistas de GLP1 são agentes de primeira linha no tratamento do diabetes tipo 2 e da obesidade. pela alteração no esvaziamento gástrico, a suspensão do uso antes da realização de endoscopia digestiva já é conduta recomendada. Entretanto, os efeitos de aGLP1 na colonoscopia ainda são menos estudados, com recomendaçoes controversas.

No dia 6 de março, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) aprovou a primeira insulina semanal para o tratamento de pacientes com diabetes tipo 1(DM1) e 2(DM2). A insulina Icodeca está chegando no Brasil, com o nome comercial de AwiqliR. Trouxemos um resumo com as principais informações para você se preparar para a nova opção.

O diabetes é a principal causa de insuficiência renal em todo o mundo. Apesar da falta de uma associação causal clara, as atuais diretrizes afirmam que a metformina não deve ser iniciada nem continuada em pacientes com TFGe < 30 mL/min/1.73 m2, um limite abaixo do qual a metformina é considerada insegura. Trazemos novos dados sobre o tema.

Recentemente foi publicada na Diabetes Care uma análise post hoc de dados combinados dos ensaios clínicos SURPASS-1 a 5, que avaliaram o impacto da tirzepatida (5, 10 e 15 mg) comparada ao placebo e a outras terapias ativas, como insulina glargina, insulina degludeca e semaglutida. Os pesquisadores analisaram a mudança percentual do basal até a semana 40/42 na razão albumina-creatinina urinária (RAC).

O beta-hidroxi-beta-metilbutirato (HMB) é um metabólito do aminoácido leucina que é produzido naturalmente em humanos e outros animais. A suplementação com HMB tem sido investigada quanto aos seus efeitos na manutenção da massa e função muscular, especialmente em idosos com sarcopenia. De acordo com o novo posicionamento da International Society of Sports Nutrition (ISSN), o HMB pode desempenhar um papel relevante na preservação da musculatura em idosos.

Um estudo publicado agora em março no Journal of the Endocrine Society analisou 166 testes de absorção de levotiroxina em pacientes com hipotireoidismo, avaliando a eficácia do protocolo de administração da dose diária usual de LT4 e monitorização hormonal subsequente.

A tibolona é um esteroide sintético com propriedades estrogênicas, progestogênicas e androgênicas, sendo indicada como opção à terapia hormonal da menopausa (THM) convencional, que seria a associação de estrogênio e progesterona (este último se útero presente). A seguir, destacaremos os benefícios já demonstrados do uso da tibolona e suas desvantagens

Aspartame aumenta o risco cardiovascular?

Inibidores da PCSK9: manual de instruções

Um estudo de coorte dinamarquês, publicado neste mês de fevereiro na Circulation, analisou os efeitos cardiovasculares do uso de esteroides anabolizantes em 1.189 homens, comparando-os com 59.450 controles pareados por idade e sexo.

Efeito da Tirzepatida no remodelamento cardíaco em pacientes com ICFEP

Neste mês de fevereiro, foi publicado o Consenso Brasileiro de Lipedema da Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular (SBACV).

No estudo CANVAS, a canagliflozina aumentou o risco de amputaçao. Novos dados confirmam maior incidência, porém com risco absoluto baixo e redução de eventos cardiovasculares.

O termo “distúrbio pseudo-endócrino” é utilizado em referência a distúrbios endócrinos ou metabólicos que as pessoas acreditam ter por causa de informações erradas que receberam de um profissional de saúde que, apesar dos resultados normais de testes anteriores, solicitam mais testes injustificados de hormônios ou outros indicadores da função endócrina. Também se refere àqueles que receberam diagnósticos “endócrinos” com base apenas nos sintomas, sem testes hormonais validados.

Levando em consideração os potenciais efeitos negativos da hiperglicemia na evolução de pacientes oncológicos, alcançar um bom controle glicêmico ao longo do tratamento (tanto em ambientes de internação, quanto ambulatoriais) deve ser um dos objetivos do manejo desses pacientes. No entanto, a tratamento do diabetes mellitus em pacientes com câncer requer uma "mudança de paradigma" em comparação com os pacientes sem doença oncológica.

O critério objetivo atualmente utilizado no diagnóstico da obesidade é o índice de massa corpórea (IMC), medida que pode subestimar ou superestimar a adiposidade e fornecer informações inadequadas sobre a saúde em nível individual. Uma nova proposta, exigindo a confirmação do excesso de adiposidade para o diagnóstico, a a presença de complcaçoes clinicas ou limitaçoes às atividades diárias para o estadiamento, se apresenta para discussão.

Os iSGLT2 demonstraram benefícios importantes no tratamento de pacientes com diabetes, doença renal crônica e insuficiência cardíaca, porém seu uso em pacientes hospitalizados segue controverso. Uma grande meta-análise publicada recentemente reforça a segurança do uso.

Até 8% das gestantes têm diabetes gestacional, detas 40% vão necessitar de intervenção farmacológica. A insulinoterapia é a terapia de primeira escolha, mas a metformina é apontada como alternativa. Um novo estudo traz mais informaçoes sobre o tema.

A hemoglobina glicosilada é utilizada como principal parâmetro na avaliação do controle glicemico e na definiçao de metas para reduçao de complicaçoes relacionadas ao diabetes. Dados apontam para possiveis interferencias da raça na correlação entre HbA1c e glicemia média.

Neste primeiro texto do ano de 2025 encerraremos a retrospectiva dos destaques da diabetologia em 2024. Confira a seguir:

2024 está chegando ao fim e nós apresentaremos alguns destaques da diabetologia

A Cagrilintida, um analogo de amilina de segunda geração, foi associado a Semaglutida, aumentando ainda mais sua potência no controle glicêmico e do peso corporal. A combinação vem sendo estudada para o tratamento do diabetes tipo 2 e da obesidade com resultados promissores. Finalmente, os primeiros estudos fase 3 estão chegando.

A tradicional revista New England Journal of Medicine publica anualmente uma edição especial com os principais artigos publicados durante o ano. Vamos aos destaques?

Um artigo publicado recentemente no JAMA Internal Medicine discute estratégias para rastreamento do diabetes autoimune e manejo de pacientes com anti-GAD positivo de acordo com os níveis de peptídeo C.

Um recente estudo randomizado e aberto comparou os efeitos do semaglutida (SEMA), um agonista do receptor GLP-1, e da terapia de reposição de testosterona (TRT) em 25 homens obesos com diabetes tipo 2 e hipogonadismo funcional.

A suplementação empírica de vitamina D para prevenção de diabetes mellitus foi recomendada por recente documento da Endocrine Society. Agora, no seu Standards of Care - 2025, a American Diabetes Association se posiciona de forma contrária. Vamos aos argumentos?

Neste mês de dezembro, a American Diabetes Association atualizou o Standards of Care in Diabetes.

O denosumabe é um potente agente anti-reabsortivo, efetivo na melhora da densidade mineral óssea e prevenção de fraturas em pacientes com osteoporose. Entretanto, a interrupção do uso esta associada a risco aumentado de fraturas. Existe recomendação para uso do Zolendronato nesse momento da interrupção, porém novos dados questionam essa efetividade.

Nesta semana, a empresa farmacêutica Eli Lilly anunciou os resultados preliminares do estudo SURMOUNT-5, primeiro ensaio clínico que comparou semaglutida e tirzepatida para tratamento de sobrepeso e obesidade em pacientes com diabetes mellitus.

Um recente estudo de coorte publicado no JAMA Network Open buscou foi avaliar as mudanças no uso de álcool entre indivíduos inscritos em um programa de controle de peso, após o início de um tratamento farmacológico para obesidade.

Um recente estudo publicado na Nature trouxe novas evidências sobre a "memória obesogênica" do tecido adiposo.