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No post prévio vimos as principais dicas clínicas de quando pensar em displasia arritmogênica de ventrículo direito (VD), também mais chamada modernamente de cardiomiopatia arritmogênica de VD. Mas e o ECG? Ajuda no diagnóstico? Certamente. Neste post iremos destacar 4 alterações que podem ocorrer nesta síndrome.
No ECG 1 há uma inversão das ondas T de V1 a V3 (setas vermelhas), atualmente um critério maior para DAVD. No ECG 2 evidencia-se a onda épsilon (setas pretas), que representam a presença de potencial tardio (PT). Também um critério maior para DAVD. O PT é a demonstração eletrofisiológica de áreas de condução lenta, especificamente no caso da DAVD, áreas de infiltração fibrogordurosa. No ECG 3 há um prolongamento na duração da ativação tardia (DAT – listas tracejadas), intervalo que vai do nadir da onda S até o final do QRS.
No ECG 4 há uma taquicardia ventricular monomórfica da via de saída do VD (QRS positivo na parede inferior e negativo na derivação V1). Arritmia típica da DAVD.