Desafio de ECG - Qual a artéria acometida e qual arritmia mostrada?

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Desafio de ECG - Qual a artéria acometida e qual arritmia mostrada?
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Resposta: coronária direita + BAV de segundo grau tipo 1.

O ECG mostra supra de ST em parede inferior + infra de ST em derivações precordiais direitas (V1 a V3). Este último componente mostra que há acometimento também da parede lateral (antigo infarto posterior ou dorsal). Antigo por que? Veja este post para saber a explicação. Ou seja, trata-se de um infarto acometendo paredes inferior e lateral.

Nestes casos, a artéria acometida pode ser a coronária direita ou a circunflexa. Como fazer a distinção? Basta lembrar do que já falamos neste post. O primeiro passo é olhar para D1. Se infra maior que 0,5 mm, como é o caso, fecha-se o diagnóstico de oclusão de Cd.

Qual a importância disto? Não é raro nos depararmos no cate com as 2 artérias fechadas ou com lesões críticas. Neste cenário é importante saber qual a lesão culpada uma vez que de forma geral a literatura recomenda fazer a angioplastia primária apenas da artéria ocluída agudamente.

Ok. E qual a arritmia vista? No D2 longo podemos ver de forma bastante clara que o intervalo PR alarga ao longo dos batimentos para depois haver uma onda P bloqueada.

Onda P bloqueada = sempre pensar em BAV de segundo ou de terceiro grau

Obviamente não há BAVT neste caso já que na maioria dos batimentos há relação da onda P com o complexo QRS. Assim sendo, tem que ser um BAV de segundo grau. Mas que tipo? Como o intervalo PR aumenta de tamanho antes do bloqueio da onda P, trata-se de um BAV de segundo grau tipo 1. Se o intervalo PR fosse constante, seria um BAV de segundo grau tipo 2. Tais distúrbios são bem comuns nos infartos inferiores uma vez que a artéria que irriga a parede inferior normalmente emite vascularização para o nó AV.