Cloroquina/hidroxicloroquina pode aumentar o risco de arritmias?

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Cloroquina/hidroxicloroquina pode aumentar o risco de arritmias?

Sabe-se que até o momento, não há tratamento específico para os pacientes infectados pelo novo coronavírus. Alguns fármacos como antivirais (ex. favipiravir, remdesivir, umifenovir e lopinavir/ritonavir), antibióticos (ex. azitromicina) e antimaláricos (ex. cloroquina e hidroxicloroquina) estão sendo testados em ensaios clínicos. A cloroquina, hidroxicloroquina e azitromicina têm potencial de prolongar o intervalo QTc e, portanto, causar taquicardia ventricular polimórfica - Torsades de Points (TdP). O lopinavir/ritonavir também podem prolongar o intervalo QTc. Os estudos ainda estão em andamento e até o momento não há certeza sobre a eficácia desses fármacos no combate a COVID-19.

Pelos mesmos motivos explicitados acima, a cloroquina e hidroxicloroquina devem ser evitadas em pacientes com síndrome do QT longo congênito.

Você pode ver relatos de casos de aumento de QTc ou de arritmias devido ao uso de hidrocloroquina aqui, aqui, aqui e aqui.Como calcular o intervalo QTc?

Como tratar um paciente com torsades?

Conclusão do Cardiopapers:

1- Uma vez que essas medicações forem aprovadas e liberadas para o tratamento da COVID-19, o seu uso deve ser feito apenas sob recomendação médica.

2- Recomendamos que um ECG antes do início do tratamento deve ser realizado e repetido 7 dias após. Uma avaliação minuciosa do intervalo QTc deve ser feita nesses pacientes.

Referência:

  1. https://www.crediblemeds.org/blog/additional-warnings-issued-covid-19-possible-treatments/