Vias de acesso no cate - resumão

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Vias de acesso no cate - resumão
  • A escolha da via de acesso no cate depende de uma série de fatores, principalmente da experiência do operador.
  • O cateterismo pode ser realizado pela via femoral, radial ou braquial, sendo as duas primeiras mais comumente utilizadas e a última utilizada em casos de impossibilidade de uso da radial e femoral.
  • A via femoral possibilita o uso de cateteres mais calibrosos e de dispositivos de suporte hemodinâmico, como balão intra-aórtico e marca-passo, geralmente necessários em pacientes hemodinamicamente instáveis.
  • A via radial, por sua vez, apresenta como vantagens menores taxas de sangramento e de complicações vasculares, como pseudoaneurismas, fístulas arteriovenosas, hematoma retroperitoneal e hematomas dolorosos, quando comparada à via femoral.
  • Além disso, oferece maior conforto ao paciente, pois permite a deambulação imediata após o procedimento, possibilitando a alta mais precoce, reduzindo os custos com internação, diferentemente da via femoral, que exige repouso no leito por pelo menos 4 a 6 horas.
  • Uma desvantagem da via radial comparada à femoral é uma maior dificuldade em acessar a artéria torácica interna esquerda pela radial direita, além de o tempo de procedimento geralmente ser maior, bem como a exposição à radiação.
  • A via radial não pode ser usada em pacientes com insuficiência de colaterais para o arco palmar, arterites e possível necessidade de fístula para hemodiálise. A perda de pulso radial pode ocorrer em 3%-9% dos casos.
  • A via femoral apresenta maior incidência de sangramento e de complicações vasculares, devendo ser evitada em pacientes obesos e com insuficiência arterial periférica.

Texto escrito pelo Dr · Fábio Augusto Pinton

Especialista em Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista pela Universidade de São Paulo (Incor-HCFMUSP) e pela Sociedade Brasileira de Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista

Especialista em Cardiologia pela Universidade de São Paulo (Incor-HCFMUSP) e pela Sociedade Brasileira de Cardiologia

Especialista em Clínica Médica pela Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto (FAMERP)

Médico assistente do Serviço de Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista da Santa Casa de São Paulo