Vacinação para Influenza no paciente cardiopata

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Dicas sobre vacinação para influenza no paciente cardiopata:

  • há várias evidências que sugerem que a vacinação para influenza tem o potencial de diminuir internações hospitalares e risco de morte em pacientes idosos e/ou cardiopatas.
  • Estudo publicado no New England Journal of Medicine em 2003 mostrou avaliou um coorte de mais de 280.000 pacientes nos Estados Unidos e sugeriu um NNT ao redor de 100 para vacina para influenza em pacientes idosos > 65 anos. Ou seja, a cada 100 vacinas aplicadas em diferentes indivíduos, previniu-se uma morte em um período de 1 ano. Também houve redução de internação por insuficiência cardíaca, coronariopatia, pneumonia bacteriana e AVC.
  • O estudo FLUVACS avaliou 301 pacientes (200 com IAM e 101 internados para realização de angioplastia) dos quais metade receberam a vacina para influenza e a outra metade, não. Após 1 ano de seguimento viu-se menor mortalidade no grupo da vacina (6% x 17% no grupo que não recebeu a imunização).
  • Os estudos acima são evidências inegáveis de que a vacina diminui mortalidade? Não. O primeiro estudo, por maior que seja, é um estudo observacional e não um ensaio clínico. O segundo tem um N pequeno de pacientes e a mortalidade no grupo não submetido à imunização foi demasiadamente alta. De toda forma, estas 2 evidências junto com inúmeros outros trabalhos publicados sugerem que a vacina para influenza diminui necessidade de internações em pacientes idosos e/ou cardiopatas (entre outros grupos) e que há potencial redução de mortalidade.
  • Baseada nas evidências existentes, a AHA considera como recomendação IB o uso de vacina para influenza em pacientes com doença cardiovascular manifesta.
  • Quem não deve receber a vacina? Pacientes com hipersensibilidade ao ovo e com histórico de síndrome de Guillain-Barré. Pacientes com doença febril aguda de gravidade moderada ou importante devem esperar a melhora do quadro para receber a vacina.

Referência: Davis MM et al. Influenza Vaccination as Secondary Prevention for Cardiovascular Disease. Circulation 2007.