Série Teste Ergométrico – Alterações eletrocardiográficas

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Série Teste Ergométrico – Alterações eletrocardiográficas

Antes de interpretar um exame, sempre devemos nos lembrar da probabilidade pré teste de um paciente ter doença coronariana. Assim, uma alterações eletrocardiográficas sugestivas de isquemia em uma mulher jovem tem uma maior probabilidade de ser um falso positivo do que uma mesma alteração em um idoso diabético.Para avaliação de alterações isquêmicas no teste ergométrico, devemos tomar alguns cuidados.

Deve haver estabilidade da linha de base referencial, sem arterfatos, com pelo menos 4 batimentos em uma linha de base estável. Devemos nos atentar para o momento da alteração apresentada e sua duração, além do número de derivações envolvidas.Os padrões de infra-desnivelmento de ST possíveis está mostrado abaixo.

Devemos considerar a dimensão do infra-desnivelamento nos seguintes pontos.

Baseado nisso, são considerados critérios de positividade:

No infra-desnivelamento com morfologia ascendente, as novas diretrizes consideram sugestivas de isquemia quanto > ou = a 1,5mm em indivíduos de moderado ou alto risco de doença coronaria; e > 2mm em indivíduos de baixo risco de doença coronariana.

Classicamente, o padrão horizontal e descendente caracterizam os critérios de positividade mais aceitos. Se houver infradesnivelamento de ST de base, subtrair o infradesnivel máximo do esforço do valor de base.O infradesnível de ST com convexidade superior representa invariavelmente fenômeno isquêmico de origem não-obstrutiva.O supradesnivelamento de ST tem valor localizatório, ao contrário do infradesnível.

Se onda Q associada, considerar possibilidade de discinesia (significado controverso).Devemos lembrar que alterações de onda T, como pseudonormalização ou inversão de onda T, não são consideradas critérios de positividade.Alguns achados prejudicam a interpretação de isquemia, tais como: presença de SVE, presença de infradesnivelamento em ECG de base > 1mm, alterações de repolarização em vigência de hipocalemia ou uso de digoxina. A presença de BRE prévio, de pré-excitação ou de ritmo de marcapasso impossibilitam a interpretação do exame para avaliação de isquemia.