Compartilhe
Reposição de vitamina D reduz risco cardiovascular? Não !
Escrito por
Giordano Bruno
Publicado em
14/11/2018
Apesar de toda imensidão de estudos demonstrando inequivocamente que baixos níveis, e até níveis intermediários de vitamina D aumentam risco de morbimortalidade, principalmente cardiovascular, até agora nenhuma tentativa de ajustar essa deficiência tem demonstrado efetividade.
Foi publicado estudo no NEJM com mais de 25 mil pacientes americanos acima de 50 anos, tratados durante 5 anos com vitamina D ou placebo, sendo incluídos tanto pacientes com níveis normais quanto pacientes com níveis baixos de vitamina D (44,9% da amostra).
No final a incidência respectivamente de câncer nos grupos vitamina D e placebo foram 6,1% e 6,3%, e de doença cardiovascular foi de 3,1% e 3,2%, com nenhuma diferença estatística. Os end-points isolados também não foram diferentes: infarto, AVC, morte, revascularização, tipos de câncer. Além disso, na sub-análise do estudo, com excessão do possível benefício em pacientes com IMC mais baixo, nenhum outro subgrupo obteve resultado diferente do global, MESMO os pacientes com níveis basais baixos de vitamina D.
Comentário
Esse estudo, que se destaca pelo tamanho da amostra e duração do tratamento vem mais uma vez demonstrar que a dosagem e consequente reposição indiscriminada de vitamina D não oferece benefício. Os dados corroboram os fornecidos por uma metanálise recente que incluiu dezenas de outros estudos.