Questões em cardiologia - taquicardia por reentrada nodal

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Questões em cardiologia - taquicardia por reentrada nodal

Pcte de 26 anos sem comorbidades chega ao serviço de emergência com quadro de palpitação. Nega dor torácica. Exame físico normal (ausculta pulmonar limpa, PA 120x70).O ecg mostra:

Depois do tratamento instituído, o ecg da pcte ficou assim:

[polldaddy poll=7202653]Para ver a resposta - clicar no link abaixo:

Resposta: taquicardia por reentrada nodal. Tratamento indicado – uso de adenosina IV.

Nota-se que o primeiro ecg revela uma taquicardia de QRS estreito, regular. Nestes casos as principais hipóteses a serem consideradas são taquicardia por reentrada nodal, taquicardia por reentrada atrioventricular (TAV), flutter atrial e taquicardia atrial. Caso o pcte apresente sinais de instabilidade hemodinâmica (ex: dor torácica, congestão pulmonar) secundários à arritmia, o indicado é a realização de cardioversão elétrica de imediato. Já em casos como o relatado em que o pcte não apresenta sinais de instabilidade pode-se iniciar o manejo da arritmia com a realização de manobra vagal (ex: compressão de seio carotídeo). Caso a manobra vagal não funcione passa-se para o segundo passo – a administração de adenosina IV. A medicação tem que ser administrada rapidamente devido ao seu curto tempo de meia-vida. Caso a arritmia seja secundária a uma taquicardia por reentrada nodal, em grande parte dos casos a adenosina reverte a arritmia. Já se for um flutter, por exemplo, a arritmia não reverte mas como ocorre breve bloqueio do nó AV consegue-se notar com mais clareza as ondas F do flutter. No futuro colocaremos um exemplo disto aqui no blog.

Dica – comparando-se o ecg pós reversão com o ecg da arritmia nota-se que neste há presença de ondas S nas derivações inferiores e de onda R’ em V1. Tais achados somem ou são atenuados no ecg basal. Tal fato sugere bastante que arritmia seja uma taquicardia por reentrada nodal.