Qual a medicação de escolha para tratar angina no paciente com coronariopatia crônica?

Compartilhe
Qual a medicação de escolha para tratar angina no paciente com coronariopatia crônica?

Qual a medicação de escolha para tratar angina no paciente com coronariopatia crônica?

Resposta: betabloqueador.

Como vimos em outro post, o betabloqueador diminui mortalidade no paciente coronariano quando há passado de IAM ou quando a fração de ejeção do VE é reduzida. Caso não haja nenhuma destas 2 situações, a medicação não tem eficácia comprovada na redução de mortalidade MAS é considerada pelos guidelines americanos como a medicação inicial de escolha para controle dos sintomas anginosos.

O que fazer se o paciente persistir com angina após otimização do betabloqueador?

Segundo passo: associar nitrato e/ou bloqueador de canal de cálcio. Lembrar que a associação de bbloq + diltiazem ou verapamil deve ser evitada inicialmente já que isto aumenta consideravelmente o risco de bradiarritmias. Neste caso, então, optar-se-ia por um bloqueador de canal de cálcio diidropiridínico como anlodipina ou nifedipina.

E se isto não resolver?

Terceiro passo: a diretriz da AHA sugere associar ranolazina. Outra opção mais disponível é a trimetazidina.

Quarto passo: apenas após os passos anteriores não resolverem a angina é que a diretriz de 2012 recomenda considerar revascularização (percutânea ou cirúrgica) com objetivo de tratar dor refratária.

Referência: Fihn SD, Gardin JM, Abrams J, et al. 2012 ACCF/AHA/ACP/AATS/PCNA/SCAI/STS guideline for the diagnosis and management of patients with stable ischemic heart disease: a report of the American College of Cardiology Foundation/American Heart Association task force on practice guidelines, and the American College of Physicians, American Association for Thoracic Surgery, Preventive Cardiovascular Nurses Association, Society for Cardiovascular Angiography and Interventions, and Society of Thoracic Surgeons. Circulation 2012; 126:e354.