Quais as alterações eletrocardiográficas que surgem na hipercalemia?

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Quais as alterações eletrocardiográficas que surgem na hipercalemia

(Figura e texto retirados do nosso Manual de Eletrocardiografia Cardiopapers – lançamento no Congresso da Socesp 2017 – não percam!)

  • As alterações eletrocardiográficas costumam aparecer a partir de níveis de potássio de 6,0 – 6,5 mEq/L.

Surgem alterações sequenciais na repolarização e despolarização, conforme elevam-se os níveis de potássio: (Figura 23.1)

  • Primeira fase – Onda T: eleva-se em amplitude e perde-se a assimetria. Por essa característica, é comumente chamada de onda T em tenda (base estreita e apiculada);
  • Segunda fase – Onda P e PR: em sequência, alarga-se o intervalo PR e a onda P começa a reduzir de amplitude até finalmente ficar imperceptível, muitas vezes impossibilitando a identificação da origem do estímulo pelo ECG, apesar de ainda ser sinusal.
  • Terceira fase – Complexo QRS: em níveis mais elevados de potássio temos o progressivo alargamento do complexo QRS e redução de sua amplitude. Nesse momento tem-se a sensação de que o ECG está sendo esticado conforme o potássio aumenta.
  • Última fase – Arritmias letais: aumentos progressivos do potássio sem tratamento tendem a induzir arritmias malignas, como a fibrilação ventricular.

Resumindo: