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Por que o paciente que faz IAM após cirurgia geralmente não apresenta dor torácica?
Escrito por
Eduardo Lapa
Publicado em
3/11/2018
O infarto agudo do miocárdio (IAM) é a complicação cardiovascular mais temida no pós-op de cirurgias não cardíacas. Ele possui taxas de mortalidades bem elevadas (chegando a 50%) por vários motivos:
- pacientes com múltiplas comorbidades
- subdiagnóstico
- restrição ao uso de medicações anticoagulantes/antiagregantes devido ao receio de sangramento no sítio cirúrgico
DICA:
- a maioria dos pacientes que faz IAM perioperatório NÃO apresenta dor torácica como manifestação clínica.
Qual o motivo para isso? Basta lembrar a prescrição padrão da maioria dos pós-operatórios de cirurgias maiores. O paciente fica geralmente com um analgésico fixo (dipirona ou paracetamol, por exemplo) e muitas vezes são associados opioides e/ou anti-inflamatórios.E qual geralmente a causa deste IAM periop? Instabilização de placa? Outros mecanismos?DICA:
- Metade dos IAMs perioperatórios ocorrem devido a instabilização de placa aterosclerótica (IAM tipo 1) e a outra metade devido a desbalanço entre oferta e demanda de O2.
Não lembra desta classificação de IAM em 5 tipos? Veja este post nosso.
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