O que fazer com este paciente: prescrever ou não estatina?

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Paciente de 57 anos sem antecedentes mórbidos vem para consulta de rotina com o cardiologista. PA 128x80 mmHg. Exame físico sem alterações. ECG normal. São pedidos exames de sangue que mostram: CT 212 LDL 134 HDL 37 TG 190 GJ 98. Calculado o risco cardiovascular do paciente usando a calculadora de risco da AHA que mostrou 9,1% de risco de eventos nos próximos 10 anos. O cardiologista então indicou o uso de estatina em dose moderada para o paciente (rosuva 10 mg.d) mas este mostrou-se refratário ao uso da medicação. Disse que 2 irmãos já haviam tido mialgia ao usar a medicação e que preferiria não usá-la. Neste contexto, o cardiologista optou por solicitar a realização de escore cálcio. Sobre este exame, podemos afirmar que:

[polldaddy poll=10170173]Resposta abaixo:↓↓↓↓↓↓↓↓Resposta: escore cálcio de zero neste paciente ajuda a segurarmos a prescrição de estatina já que o risco CV é baixo.

Dicas sobre escore cálcio:

  • A quantidade de radiação é bem pequena, comparada ao que se usa em uma mamografia. Normalmente não passa de 1,5 mSv.
  • O método NÃO usa contraste iodado. Pode ser feito independente da função renal.
  • Quando o resultado é zero, isso prediz uma baixa taxa de eventos nos próximos 5-10 anos. Contudo, em certos grupos isso não se aplica. São exemplos pacientes diabéticos, tabagistas ativos ou com hx familiar fortemente positiva para doenças cardiovasculares.
  • O escore cálcio NÃO é um bom exame para seguimento de pacientes que estão usando estatinas. Isso porque este grupo de medicações faz com que a placa aterosclerótica estabilize ou mesmo regrida de volume, mas, paradoxalmente, pode elevar o escore cálcio uma vez que torna a placa mais compacta e calcificada.