Já ouviu falar em MINOCA? Veja esta dica prática sobre o assunto.

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Já ouviu falar em MINOCA? Veja esta dica prática sobre o assunto.

Um tema que tem chamado atenção mais recentemente é o “MINOCA”, o IAM com coronárias sem lesões obstrutivas. Fizemos uma boa revisão sobre o tema neste post. Novos métodos de avaliação como o ultrassom intra-coronário (USIC) e a tomografia de coerência óptica (OCT) permitiram diagnosticar adequadamente e compreender a fisiopatologia de muitos dos IAM sem doença obstrutiva. MINOCA representa entre 1 e 13% dos IAM e é mais frequente nos mais jovens (média de idade de 55 anos) e em mulheres.

Erosão e ruptura de placa aterosclerótica não-obstrutiva, vasoespasmo coronariano, dissecção espontânea de artéria coronária (de importância especial pela associação com o período de gestação e puerpério), dissecção de aorta com extensão para coronárias, trombose coronariana espontânea, embolia para coronária e agentes simpaticomiméticos (como cocaína) são potenciais causas para IAM sem doença coronariana obstrutiva.

Nem sempre é possível utilização de métodos de imagem avançados (USIC e OCT) na fase aguda do IAM. Nesses casos, a angiotomografia de artérias coronárias num segundo momento pode ser utilizada para detectar a aterosclerose não evidente na “luminografia” do cateterismo.

Em 2017, a European Society of Cardiology publicou um posicionamento chamando atenção para o diagnóstico de MINOCA, com critérios diagnósticos e algoritmo para investigação.

DICA:

  • Se não encontrou doença aterosclerótica evidente, procure de novo! Uma avaliação mais profunda, com métodos avançados intracoronários (USIC/OCT) ou não-invasivos (angioTC de coronárias em um segundo momento) pode trazer informações adicionais para a etiologia.