Finalmente, que drogas usar para tratar o diabetes e baixar o risco cardiovascular do seu paciente?

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Cada vez mais passa ser complexo escolher o tratamento farmacológico ideal para tratar diabetes mellitus. Isso porque nos últimos anos uma profusão de novas medicações foi lançada como podemos ver neste post. Mas e aí? O que você que não é endocrinologista tem que saber para tratar melhor seus pacientes com diabetes? Recentemente foi lançado um documento da sociedade europeia de cardiologia sobre este assunto. Aí vai o resumo:

Em pacientes com DM2 e doença cardiovascular, a terapia farmacológica deve se voltar para redução do risco cardiovascular e não só para os alvos glicêmicos. Até o momento, os inibidores de SGLT2 e os agonistas de GLP-1 são as classes com benefício comprovado em estudos contemporâneos e de tamanho adequado. O benefício líquido da canaglifozina parece menor e há um risco de amputações a esclarecer. A semaglutida ainda não está disponível na Europa. Dessa forma, a ESC orienta preferir a empaglifozina e/ou a liraglutida como terapia de escolha.

Embora os dados sejam mais limitados, a ampla experiência clínica, o custo reduzido e a segurança na combinação com outras drogas ainda fazem com que a metformina seja a primeira droga de escolha.

Primeiro antidiabético: Metformina

Em seguida: Inibidores de SGLT2 (Empaglifozina) e/ou Agonistas de GLP-1 (Liraglutida)

Se esses fármacos não são o suficiente para atingir ou alvos terapêuticos ou são contra-indicados, a pioglitazona, o exenatide de liberação prolongada ou os inibidores de DDP-4 podem ser as próximas drogas. Lembrando que não existe evidência que justifique o uso de inibidores de DDP-4 com agonistas de GLP-1.

Referências:Niessner A, Tamargo J, Koller L, Saely CH, Schmidt TA, Savarese G et al. Non-insulin antidiabetic pharmacotherapy in patients with established cardiovascular disease: a position paper of the European Society of Cardiology Working Group on Cardiovascular Pharmacotherapy. European Heart Journal 2017;0:1-18.