Estudo SPICE: efeitos do esomeprazol e das estatinas na ação do clopidogrel

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Estudo SPICE: efeitos do esomeprazol e das estatinas na ação do clopidogrel

Os primeiros resultados do estudo SPICE – Statins and Proton-Pump Inhibitors on Clopidogrel Antiplatelet Effects – foram apresentados essa semana no congresso canadense de cardiologia.

Nesse estudo, foram avaliados 350 pacientes pós-angioplastia que receberam alta com clopidogrel e sem inibidor de bomba de prótons (IBP); na randomização inicial, foi prescrito rosuvastatina 20mg ou atorvastatina 80mg. Avaliada a agregabilidade plaquetária após 30 dias. Não houve diferença entre as estatinas. Assim, em relação ao impacto do uso da estatina na agregabilidade plaquetária, a rosuvastatina foi tão boa (ou tão ruim) quanto a atorvastatina.

Após 30 dias, os 302 pacientes que continuaram no estudo foram randomizados novamente para receber esomeprazol (Nexium – AztraZeneca), pantoprazol, omeprazol ou ranitidina. Após 60 dias, os testes de agregabilidade plaquetária foram repetidos. Não houve diferença entre o pantoprazol e a ranitidina. O esomeprazol foi a medicação que mostrou a maior alteração na agregabilidade plaquetária, com mais de 35% dos pacientes apresentando pelo menos 10% de piora nos testes de agregabilidade plaquetária. O omeprazol também mostrou aumento na reatividade plaquetária.

Assim, o esomeprazol parece ser tão ruim ou até pior que o omeprazol em reduzir os efeitos anti-plaquetários do clopidogrel.