Equipe Endocrinopapers comenta o ADA 2023

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Este ano, o grupo Endocrinopapers realizou a cobertura do maior congresso de diabetes do mundo, com atualizações em tempo real nas nossas redes sociais. E, para fechar nossa cobertura com chave de ouro, nossos professores enviaram suas impressões sobre o evento:

Ícaro Sampaio

“Recentemente, tem ganhado força a ideia de que perder peso é um alvo tão relevante no tratamento do Diabetes Mellitus quanto reduzir a hemoglobina glicada. Logo, não causa surpresa observar que os maiores destaques do ADA 2023 foram estudos que tiveram a perda de peso como desfecho primário. E, nesse cenário, os agentes multirreceptores nos indicam o futuro - bem próximo - do tratamento do diabetes.”

Erik Trovão

“ O Congresso da ADA 2023 seguiu a tradição este ano, trazendo importantes resultados de estudos bastantes aguardados pela comunidade científica. Para mim, o grande foco do congresso foi o tratamento da obesidade, trazendo várias discussões sobre o tema e sobre o impactante resultado das novas drogas para perda de peso. Considerando que o combate à obesidade é pedra angular na prevenção da pandemia de DM2 nos próximos anos, acredito que esta foi uma abordagem não apenas acertada, mas necessária.”

Patrícia Gadelha

“O ADA 2023 foi um congresso que teve como foco a consolidação doa análogos de GLP1 como drogas protagonistas no tratamento do paciente com DM2 em vários cenários clínicos: associado a o obesidade, DHGM, IC e claro, doença aterosclerótica coronariana e cerebral. Tambem o uso da mesma classe na sua forma oral se provou eficaz no controle glicêmico e de perda de peso quando usado em doses maiores ( OASIS e Pioner plus) do que as que temos aprovados no momento. Entretanto, creio q a grande novidade do congresso foram os dados de agonistas duplos (tirzepatida) e triplos (retatrutida), o 1o se mostrando uma terapia eficaz em dm2 com obesidade ( surmount2) e o 2o se mostrando uma terapia extremamente promissora com resultados impressionantes em perda de peso.”

José Luciano

“O ADA 2023 veio apontar um novo determinante na abordagem do diabetes. Saímos da visão glucocêntrica para uma abordagem baseada na presença de complicações com os resultados dos grandes estudos com iSGLT2 e aGLP1. Agora passamos a abordar de forma antecipada tais problemas, atuando sobre a obesidade, com agentes cada vez mais potentes e verdadeiramente capazes de alcançar mudança na história natural do diabetes.”