E Agora O Que Fazer Com Essa Paciente Diabetica E Com Sindrome Coronariana Aguda

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Mulher, 65 anos, diabética tipo 2 em uso de insulina, é internada com quadro de IAM sem supradesnível de segmento ST, com ECG mostrando isquemia de parede anterior. Coronariografia mostra lesão grave, sub-oclusiva(95%) em DA proximal, além de lesões moderadas (70%) em CD terço médio e circunflexa proximal.

[polldaddy poll=10447366]Resposta abaixo↓↓↓↓↓↓↓↓↓↓↓↓

Resposta:Ainda não existe evidência de estudos randomizados para embasar qualquer recomendação

Em artigo de revisão recente publicado no periódico Circulation, os pesquisadores Lucas Godoy e Michael Farkouh, da Universidade de Toronto, fazem uma explanação detalhada sobre este assunto. Apesar de evidências favoráveis à revascularização cirúrgica versus angioplastia em estudos consagrados como o BARI e mais recentemente o FREEDOM, a melhor opção para diabéticos multiarteriais não foi ainda estudada no contexto de síndromes coronárias agudas. Por um lado, a angioplastia seria interessante em um cenário em que o restabelecimento da patência do vaso é mais premente dado o quadro agudo. Por outro lado, os resultados superiores da cirurgia nos diabéticos poderiam ser ainda mais expressivos no contexto agudo devido à gravidade do caso. No IAM com supra de ST, a necessidade de reperfusão imediata faz com que a angioplastia seja o tratamento de escolha, embora se possa discutir a possibilidade de cirurgia em um segundo tempo para tratamento das lesões não culpadas. Enquanto não houver um estudo randomizado especificamente neste cenário, bom senso e decisão clínica individualizada devem prevalecer, assim como as particularidades de cada serviço, sobretudo a agilidade em se proceder à cirurgia durante a mesma hospitalização.