Coronariopatia crônica - revascularizar ou não, eis a questão.

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Provavelmente um dos cenários mais difíceis de se tomar decisões na cardiologia clínica é sobre a necessidade de revascularização no contexto de doença arterial coronária crônica. Apesar de ser um dos temas mais estudados em trials ao longo dos últimos 30 anos não é incomum nos depararmos com uma situação que gera dúvida sobre a melhor conduta (manter em tratamento clínico x revascularizar).

O que vocês fariam se pegassem um pcte com angina CCS 1, bem medicado, que tem ergométrio de baixo risco e que tem cate mostrando lesão de DA de 90% tecnicamente fácil de angioplastar? Tratamento medicamentoso? Angioplastia com stent farmacológico? RM com mamária-DA sem CEC?

Para tentar uniformizar a conduta entre os especialistas a AHA lançou em 2009 um guideline sobre critérios para revascularização miocárdica. Neste documento coloca-se várias situações clínicas e diz-se, na opinião dos inúmeros especialistas que escreveram a diretriz, qual a melhor conduta naquela situação. Para isso levam em conta o quadro clínico do pcte, a anatomia coronariana e o resultado de testes não invasivos.

No caso citado acima, para exemplificar, o guideline coloca como apropriado a revascularização (percutânea ou cirúrgica).

Referência:

ACCF/SCAI/STS/AATS/AHA/ASNC 2009 Appropriateness Criteria for Coronary Revascularization. Manesh R. Patel, Gregory J. Dehmer, John W. Hirshfeld, Peter K. Smith, and John A. Spertus. J. Am. Coll. Cardiol. 2009;53;530-553