Compartilhe
Começaremos a interpretação do ECG pela ANÁLISE DO RITMO.
Para isso, devemos analisar o eixo da onda P (normalmente entre +30º e +60º). Pacientes brevelíneos podem apresentar o eixo da onda P mais próxima de 0º (mas podendo chegar até -30º), e longilíneos próximo de 90º.
Assim, para estar com eixo normal, a onda P deve ser positiva em D1 e aVF, e negativa em aVR.
Há 3 critérios para definir o ritmo sinusal:
- Morfologia e orientação normal (entre 0º e +90º)
- 1 onda P para cada QRS
- Ondas P com mesma morfologia
Pacientes que apresentam onda P com orientação não sinusal devem apresentar um ritmo ectópico atrial (que se origina em outro local do átrio, diferente do nó sinusal). Veja esse exemplo:
A onda P é negativa em DII, DIII e aVF, com eixo entre -60º e -90º.
Se a onda P tiver orientação normal mas não tiver relação com QRS, podemos estar diante de uma dissociação átrio-ventricular (bloqueio átrio-ventricular total), como no caso a seguir:
E, caso a morfologia não seja sempre a mesma, podemos estar diante de um paciente com ritmo atrial migratório ou mutável.
Imagem em aumento: