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CARDIO-FIT: o papel da atividade física no controle da FA
Escrito por
Fernando Figuinha
Publicado em
24/7/2015
Vários estudos recentes tem demonstrado a importância da mudança de estilo de vida no tratamento da fibrilação atrial (FA). O estudo LEGACY, apresentado no congresso americano de cardiologia (ACC), mostrou que a perda de peso sustentada esteve relacionada com menos sintomas relacionados à FA e com manuteção do ritmo sinusal em um número maior de pacientes.
O estudo CARDIO-FIT (Cardiorespiratory Fitness on Arrhythmia Recurrence in Obese Individuals with Atrial Fibrillation) foi um estudo observacional com 308 pacientes, que avaliou o impacto da realização da atividade física no controle de ritmo e na melhora de sintomas em pacientes com fibrilação atrial.
Esses pacientes foram submetidos a um teste de esforço para determinar o equivalente metabólico (MET) no início e no final do seguimento. Foi avaliada também a intensidade de exercício físico que eles realizavam ao início do estudo.
Foi considerado melhora do desempenho cardiorrespiratório um ganho de > ou = a 2 METs no final do seguimento.
Recorrência da FA (avaliado por Holter 7 dias) e sintomas relacionados à FA diminuíram significativamente para aqueles que tiveram uma melhora do desempenho cardiorrespiratório (p < 0,001).
Na análise multivariada, os preditores de melhores desfechos foram: desempenho cardiorrespiratório no início do estudo, melhora do desempenho funcional durante o estudo e perda de peso.
Esse é mais um estudo que reforça a importância da mudança de estilo de vida no controle da FA, e mostra que uma melhora no desempenho cardiorrespiratório pode otimizar os resultados benéficos já demonstrados da perda de peso nesse contexto.
Referência: Pathak RK, Elliott A, Middeldorp ME, et al. Impact of cardiorespiratory fitness on arrhythmia recurrence in obese individuals with atrial fibrillation: The CARDIO-FIT study. J Am Coll Cardiol 2015; DOI:10.1016/jack.2015.06.488.