Compartilhe
Finalmente, após surgirem o prasugrel e o ticagrelor, ainda há espaço para o clopidogrel na prática clínica? O novo consenso europeu de SCA sem supra de ST já escanteou o clopidogrel para segundo plano neste cenário, colocando-o como opção apenas nos casos em que não houver disponibilidade das drogas mais novas...
Na SCA com supra de ST as vantagens do ticagrelor e do prasugrel também foram bem evidentes nos estudos Plato e Triton, respectivamente.
E aí, como fica o nosso bom e velho clopidogrel na jogada? Esquecido no tempo?
Ainda não. É fundamental ratificar que as evidências sólidas para as 2 novas medicações existem apenas no cenário de pacientes com SíNDROMES CORONARIANAS AGUDAS. Isto não vale para o pcte crônico, pelo menos por enquanto. Já relatamos aqui que o grande trial desenvolvido para comparar o prasugrel com o clopidogrel no pcte crônico foi parado no meio devido à falta de diferença de resultados - Trial TRIGGER-PCI. Temos que esperar agora os trials de ticagrelor no pcte com DAC crônica que será submetido a angioplastia. Enquanto isto, continuaremos usando o clopidogrel associado ao aas após angioplastia em pctes crônicos, salvo raras exceções (ex: pcte que fez trombose de stent em vigência de clopidogrel e os testes de agregabilidade plaquetária confirmaram alta agregabilidade apesar do uso da medicação...).
No incor de 1998 a 2007, das 13.807 angioplastia realizadas, pouco mais de um terço foi em pctes crônicos. Ou seja, ainda há muito campo para o clopidogrel no momento.