Você Conhece A Hipomelanose Macular Progressiva?

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Manchas hipocrômicas no tronco são queixas bastante frequentes. Pitiríase versicolor, hipocromia residual, pitiríase alba e hanseníase são geralmente lembradas no diagnóstico diferencial nesses casos. Porém, uma outra patologia que também cursa com essas mesmas lesões elementares é a Hipomelanose Macular Progressiva (HMP).

Acomentendo em geral pessoas entre 13-38 anos, com predomínio em mulheres, a HMP clinicamente se apresenta com máculas hipocrômicas distribuídas em região lombossacra e abdome, podendo se estender para as mamas e área proximal de membros superiores. Caracteristicamente, essas manchas são arredondadas, mal delimitadas e confluentes, não apresentam descamação e são assintomáticas.

Fonte: Relyveld, G. N., Menke, H. E., & Westerhof, W. (2007). Progressive Macular Hypomelanosis. American Journal of Clinical Dermatology, 8(1), 13–19. doi:10.2165/00128071-200708010-00002

A patogênese da HMP é desconhecida, porém estudos recentes sugerem que a hipopigmentação ocorra devido à presença da bactéria Cutibacterium acnes nos ductos pilossebáceos, que hipoteticamente produz uma substância que interfere na melanogênese ou na distribuição melanossômica. Um achado no exame físico importante para o diagnóstico é a presença de uma fluorescência vermelha com distribuição folicular à luz de Wood, devido às porfirinas produzidas pelo C. acnes

O tratamento dessa patologia pode ser realizado com associação de clindamicina 1% e peróxido de benzoíla 5% em gel diariamente, minociclina/doxiciclina oral ou pode-se lançar mão da PUVA ou NB-UVB. Apesar de ocorrer

a melhora das lesões com essas opções terapêuticas, a recorrência é comum. Acredita-se, porém, que a HMP seja uma doença autolimitada, já que não há relatos em pacientes com mais de 40 anos.

Fontes:

1.Kim MB, Kim GW, Cho HH, et al. Narrowband UVB treatment of progressive macular hypomelanosis. J Am Acad Dermatol. 2012 Apr;66(4):598-605. PubMed Id: 22005073

2.Lapeere H, Boone B, De Schepper S, et al, eds. Hypomelanoses and hypermelanoses. In: Goldsmith LA, Katz SI, Gilchrest BA, Paller AS, Leffell DJ, Wolff K, eds. Fitzpatrick's Dermatology in General Medicine. 8th ed. New York, NY: McGraw-Hill; 2012:813.

3.Satico Yoshida Nei, Daniela, Gonçalves de Almeida, Janete, Trindade de Almeida, Ada Regina, Estudo duplo-cego randomizado e comparativo entre minociclina e placebo no tratamento da hipomelanose macular progressiva. Surgical & Cosmetic Dermatology [Internet]. 2011;3(3):219-224. Recuperado de: https://www.redalyc.org/articulo.oa?id=265522087006

4.Relyveld, G. N., Menke, H. E., & Westerhof, W. (2007). Progressive Macular Hypomelanosis. American Journal of Clinical Dermatology, 8(1), 13–19.doi:10.2165/00128071-200708010-00002