Ventilação de Alta Frequência (VAFO) em Neonatologia

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Trata-se de um modo ventilatório cuja premissa é a ventilação com volume corrente baixo (menor do que o espaço morto anatômico) e a frequência respiratória muito elevada.

Pode ser indicado em caso de:

  • Falha da ventilação mecânica convencional;
  • Acidose respiratória grave;
  • Hipoxemia e hipertensão pulmonar persistente graves;
  • Síndromes de escape de ar;
  • Hemorragia pulmonar;
  • Hérnia diafragmática congênita.

Os parâmetros iniciais geralmente são:

  • FiO2: mínimo necessário para saturar acima de 92%;
  • MAP: dois pontos acima da MAP em ventilação convencional;
  • Frequência: 10 Hz;
  • Amplitude: 100% (garantindo que vibre até a raiz da coxa).

No momento de instalação da VAFO, pode ocorrer instabilidade hemodinâmica em razão da redução do retorno venoso. Antes de suspender, tentar manejar o choque com volume e drogas vasoativas.

Após uma hora em VAFO, coletar gasometria e fazer raios X de tórax. Tolerar hipercapnia permissiva (pH acima de 7,2 com pCO2 abaixo de 60 mmHg) e, idealmente, raios X mais aerado e homogêneo, com 7 a 8 espaços intercostais.

Ajustar parâmetros de acordo com evolução clínica, radiológica e laboratorial. Lembrando que para desmame ventilatório é preciso:

  • Reduzir FiO2, MAP e a amplitude;
  • Aumentar a frequência respiratória (é o oposto do efeito na ventilação convencional).