Vamos entender mais sobre o Propofol

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O propofol é o agente sedativo hipnótico mais comumente administrado. Com doses de indução 2 a 5 mg/kg, o propofol rapidamente produz inconsciência. O propofol pode causar queimação e coceira no local da injeção. Promove sedação mas não analgesia.

Quando associado à outras drogas como ketamina, morfina ou fentanil, a dose inicial em bolus deve ser de 1 a 1,5 mg/kg. Para procedimentos mais longos, pode ser administrado em infusão contínua numa dose inicial de 150mcg/kg/min, chegando até 250mcg/kg/min

Após a indução da anestesia, o propofol é um agente útil para manter a hipnose e a amnésia, podendo ser usado como agente anestésico único para procedimentos não dolorosos (por exemplo, radioterapia) e estudos de imagem. 

Quando combinado com opioides, o propofol proporciona excelente anestesia para procedimentos breves e dolorosos, como punção lombar e aspiração de medula óssea. 

Embora a estabilidade hemodinâmica e até mesmo as respirações espontâneas possam ser mantidas durante a administração de propofol, ele continua sendo um potente anestésico que pode diminuir os reflexos das vias aéreas, a respiração e a função hemodinâmica. 

O propofol pode causar depressão respiratória e hipotensão. O uso prolongado pode causar colapso hemodinâmico, bradicardia, acidose metabólica, insuficiência cardíaca, rabdomiólise, hiperlipidemia, choque profundo e morte (síndrome da infusão de propofol). O uso prolongado de propofol (>24-48 horas) na UTI em crianças não é recomendado. 

O propofol é formulado em emulsão de soja a 10% com emulsificantes de ovo, mas segundo a Academia Americana de Alergia e Imunologia, pacientes com alergias a soja e ovo podem receber propofol com segurança para anestesia.