Rastreio de neuropatia autonômica nos pacientes com diabetes

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Sabemos que todo paciente com diabetes deve ser rastreado para complicações macro e microvasculares. Dificilmente esquecemos de fazer o rastreio para retinopatia ou para doença renal do diabetes (DRD), por exemplo. E, embora mais esquecida, o rastreio de neuropatia diabética costuma estar no nosso radar. Mas, sem dúvida, devemos reconhecer que existe uma complicação cujo rastreio acabamos esquecendo com mais frequência: o de neuropatia autonômica.

 

No entanto, a ADA continua recomendando que todo paciente com diabetes mellitus tipo 2 ao diagnóstico e todo aquele com diabetes tipo 1 após 5 anos de doença que possuam evidência de outras complicações microvasculares (especialmente DRD e neuropatia periférica) deve ser rastreado para neuropatia autonômica. Este rastreio deve ser repetido anualmente.

 

E como realizar o rastreio? Através da busca por sintomas e sinais de neuropatia autonômica. Na atualização de sua diretriz em 2025, a ADA faz uma atualização da recomendação, aumentando o número de sintomas a serem pesquisados.

 

Quais são os sintomas que devem ser questionados?

 

1.       Tontura e síncope (especialmente após o paciente se levantar): estes sintomas podem indicar neuropatia autonômica cardiovascular.

2.       Saciedade precoce: pode indicar gastroparesia causada por neuropatia autonômica gastrointestinal.

3.       Disfunção erétil.

4.       Mudanças no padrão do suor e pele seca e com rachaduras nas extremidades.

 

Quais são os sinais a serem pesquisados?

 

1.       Hipotensão ortostática

2.       Taquicardia de repouso

3.       Ressecamento e rachadura das extremidades

 

Na presença de alguns destes sintomas ou sinais, a investigação deve prosseguir com testes e exames que diagnostiquem a respectiva neuropatia autonômica suspeitada.

 

E você? Está lembrando de fazer o rastreio de neuropatia autonômica em seus pacientes?