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Questões em cardiologia - insuficiência cardíaca
Escrito por
Eduardo Lapa
Publicado em
12/3/2014
Pcte masculino de 53 anos portador de miocardiopatia isquêmica. FE 33%.[polldaddy poll=7802668]Resposta abaixo:↓↓↓↓↓↓↓↓↓↓↓Resposta: anlodipino.
A maioria dos bloqueadores dos canais de cálcio (ex: verapamil, diltiazem, nifedipina) tem o potencial de piorar o quadro clínico de pacientes com ic com fração de ejeção reduzida. Uma exceção importante é o anlodipino o qual apesar de não ter apresentado benefício de sobrevida em trials de ic também não piorou o desfecho. Assim, pode ser utilizado para controle de PA em pctes com IC que persistem com pressão elevada apesar do uso das medicações rotineiramente usadas na insuficiência cardíaca com fração de ejeção diminuída.
O uso de anti-inflamatórios não hormonais (AINES) deve ser evitado em pctes com IC. Vários trabalhos já mostraram piora de desfechos clínicos neste grupo de pctes quando do uso de AINES. Os anti-inflamatórios têm o potencial de piorar a função renal, causar acúmulo de sódio no organismo, além de diminuir a resposta a diuréticos.
As tiazolidinedionas como a pioglitazona atuam ativando o PPAR-gama. Este por sua vez, entre várias ações, causa reabsorção de sódio nos ductos coletores renais. Assim, a ativação do PPAR-gama tende a causar sobrecarga volêmica. Desta forma, foi observado em trials que o uso desta classe de medicação aumenta o risco de IC mesmo em pctes previamente assintomáticos.