Radiografia de tórax - Pericardite constritiva

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Radiografia de tórax - Pericardite constritiva

Pericardite Constritiva

A pericardite constritiva consiste no processo inflamatório crônico que envolve os folhetos do pericárdio, levando a espessamento e perda da elasticidade do mesmo. Assim, leva à dificuldade de enchimento ventricular (diastólico), causando uma síndrome restritiva.

Os sintomas predominantes são os de insuficiência cardíaca (IC) direita, como edema de MMII e ascite. Pode causar fadiga e perda de peso por baixo débito, além de sintomas de IC esquerda.

Ao exame físico, cerca de 93% dos pacientes apresentam pressão venosa jugular elevada. Pode haver o sinal de Kussmaul (aumento da pressão venosa com inspiração) e ausculta de Knock pericárdico. Além disso, é comum edema de MMII e ascite.

O ECG geralmente mostra alterações não específicas de onda T e ST. Pode haver QRS de baixa voltagem e arritmias atriais.

A radiografia de tórax clássica é apresentada na figura acima, com calcificação do pericárdio.

A ecocardiografia é pouco específica no diagnóstico da pericardite constritiva. A ressonância magnética é um melhor exame para avaliação do pericárdio.

Estudos em países desenvolvidos mostram a seguinte distribuição etiológica: idiopática ou viral (42 a 49%), após a cirurgia cardíaca (11 a 37%), após radioterapia (9 a 31%), doença do tecido conectivo (3 a 7%), pós infecciosa (pericardite tuberculosa ou purulenta - 3 a 6 %), causas diversas (neoplasias, trauma, induzida por drogas, a asbestose, sarcoidose, pericardite urêmica - 1 a 10 %). Já em países em desenvolvimento como o Brasil, a pericardite tuberculose é responsável por cerca de 50% dos casos de pericardite constritiva.

Em uma minoria dos casos esse quadro pode ser reversível. Assim, se sintomático, indica-se pericardiectomia, procedimento que tem uma mortalidade de 6 a 12%. O prognóstico é pior se a etiologia for pós radioterapia ou se houver disfunção sistólica associada.