Qual a acurácia do eco de bolso?

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Já colocamos um tópico sobre o Vscan antes aqui no blog. Trata-se de um eco de bolso, do tamanho de um celular. O objetivo deste aparelho não é substituir o eco tradicional mas sim substituir o esteto na avaliação inicial do cardiologista. Esta semana saiu um estudo no Annals of Internal Medicine avaliando a acurácia deste aparelho em relação a um eco normal para realizar avaliações básicas (detectar FE baixa, detectar dilatação ventricular, etc). De uma forma geral, o exame feito pelo Vscan em menos de 5 minutos teve uma acurácia boa quando comparado ao padrão-ouro (eco convencional).

Como disse, o objetivo do eco de bolso não é substituir o eco. No aparelho portátil, por exemplo, não há doppler contínuo ou pulsátil e assim não há como se quantificar a gravidade de uma estenose valvar, por exemplo. Mas através da análise bidimensional simples com uso de doppler pode-se descartar sinais de valvopatia importante.

Imaginem o potencial de um aparelho desses nas mãos de pessoas habilitadas no seviço público. Sabemos que a maioria dos ecos solicitados são normais ou praticamente normais, principalmente quando não pedidos por cardiologistas. Nas mãoes de um cardiologista com experiência em ecocardiografia pode-se realizar esta triagem básica em menos de 5 minutos. Caso o exame ao Vscan seja completamente normal, dificilmente o eco TT convencional irá revelar algo surpreendente. Este pcte poderia então ser dispensado do eco completo, abrundo vaga para um pcte que realmente precisa. Isto diminuiria de forma drástica as longas filas de espera por eco TT no serviço público. E a consulta cardiológica aumentaria em apenas 5 minutos, nada do outro mundo. Bem interessante...