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Por Que A Repigmentação Do Vitiligo Não É Homogênea?
Escrito por
Cláudia Elise Ferraz Silva
Publicado em
18/7/2022
O vitiligo é uma doença pigmentar adquirida caracterizada pela inativação e perda de melanócitos levando a manchas acrômicas em pele, mucosas e frequentemente associada à leucotriquia. A origem patogenética do vitiligo gira em torno da autoimunidade aliado a papel coadjuvante de muitos outros fatores como estresse oxidativo, defeitos de adesão inerentes aos melanócitos, queratinócitos e fibroblastos defeituosos. O tratamento visa estabilizar a evolução da doença e promover repigmentação.O que muitos pacientes e médicos não sabem é que durante o tratamento observa-se repigmentação não homogênea sobre as máculas. Sugere-se que os melanócitos e seus precursores responsáveis pela repigmentação no vitiligo migrem ao longo da epiderme de forma centrípeta nas manchas e que há ativação de células-tronco e melanócitos foliculares. A tonalidade dessa nova pigmentação, pode ainda, ser mais clara, mais escura ou mais irregular que a pele circundante. Logo, quando visualizamos manchas pontilhadas ou em forma de gotas (também chamadas de ilhotas de repigmentação) nos óstios foliculares e escurecimento na periferia das manchas, é sinal de que o tratamento está fazendo efeito.
Fonte:Varaschin F, et al. Repigmentation pattern in a vitiligo patient after autologous stem cells implantation. Surg Cosmet Dermatol., v.9, 269-71, 2017. doi 10.5935/scd1984-8773.201793923Thakur V, Bishnoi A, Vinay K, Kumaran SM, Parsad D. Vitiligo: Translational research and effective therapeutic strategies. Pigment Cell Melanoma Res. 2021;34:814–826. https://doi.org/10.1111/pcmr.12974