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O que fazer com os hipoglicemiantes orais quando o paciente começa a perder função renal?
Escrito por
Patricia Gadelha
Publicado em
29/11/2010
- Essa é uma questão que sempre ocorre aos médicos que prestam assistência aos pacientes diabéticos tipo 2, uma vez que o DM é a principal causa de IRC nos EUA e provavelmente no Brasil se fosse realizado um inquérito epidemiológico adequado. Manter um bom controle glicêmico é importante nesses pacientes e já foi demonstrado redução da velocidade de perda de função renal com um bom controle. Daí a importância de saber como manejar as drogas hipoglicemiantes do paciente já que o arsenal terapêutico fica mais escasso à medida que o clearance de creatinina é reduzido.
- Cl Cr >60: todas as drogas podem ser mantidas
- Cl Cr 30-59:
- suspender metformina.
- Suspender sulfoniluréias com exceção da glipizida que por ter metabolismo hepático pode ser utilizada até em estágios de IRC mais avançados.
- Suspender bloqueadores da alfa- glucosidase (acarbose).
- Suspender análogos do GLP-1.
- Reduzir em 50% as doses de bloqueadores de DPP-4 (gliptinas: sitagliptina, vildagliptina).
- A pioglitazona como tem metabolismo hepático pode ser mantida, no entanto pacientes com esse Clearance podem ter IC e retenção hídrica que são agravadas pela droga. (lembrar que a rosiglitazona saiu do mercado)
- Cl Cr <30: a maioria dos pacientes vai precisar de insulina embora ainda possam usar glipizida, gliptinas em doses corrigidas (25% da dose habitual) e pioglitazona como já comentado.
- Referência: Approach to the Patient with Type 2 Diabetes and Progressive Kidney Disease ER Seaquist and HN Ibraim J Clin Endocrinol Metab, july 2010