Novo guideline europeu de valvopatias - parte 6

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Novo guideline europeu de valvopatias

ESTENOSE AÓRTICA - parte 2

- Pctes com EAo sintomática possuem contraindicação absoluta ao teste ergométrico. Contudo, pctes com EAo importante que negam sintomas podem ser submetidos com segurança ao exame desde que o mesmo seja realizado por médico experiente. O objetivo do exame nestes casos é desmascarar sintomas (ex: pcte que apresenta angina típica durante o exame).

- O surgimento de sintomas na EAo traz um péssimo prognóstico. A sobrevida destes pctes em 5 anos varia entre 15% e 50%. Este dado é importante uma vez que traz um significado diferente de pctes com coronariopatia crônica, por exemplo. Pctes com angina estável sintomática mas com boa função ventricular e teste não invasivo de baixo risco têm um bom prognóstico apesar dos sintomas. Nestes casos pode-se optar por abordagem invasiva do pcte com intuito de diminuir os sintomas mas tal intervenção não irá aumentar a sobrevida. Já no caso da EAo não - uma vez sintomático, o pcte deve ser abordado de forma invasiva (salvo se houver contraindicações) uma vez que tal conduta irá, além de aliviar os sintomas, prolongar a vida do indivíduo.

- Valvuloplastia percutânea tem algum papel no manejo de pctes com EAo importante? Sim, em pctes jovens que possuem como etiologia da EAo alterações congênitas. Nestes casos a válvula é pouco calcificada e o resultado da valvoplastia com balão é razoável. Já em pctes mais velhos com EAo calcífica o procedimento é pouco útil já que traz grandes riscos de complicações além de haver uma grande taxa de reestenose.

- Lembrando que valvoplastia percutânea é diferente de implante percutâneo de valva aórtica. No primeiro caso infla-se um balão na valva aórtica para tentar abrir a mesma e aumentar a área valvar (similar ao que é feito na valvoplastia percutânea da valva mitral). No segundo caso coloca-se uma prótese valvar em cima da válvula nativa através do cateterismo.