Novo guideline europeu de valvopatias - parte 2

Novo guideline europeu de valvopatias:

- Os testes de estresse (ex: ergometria) não possuem finalidade de detectar coronariopatia neste grupo de pctes. Isto se deve ao fato da perda de acurácia destes métodos para diagnóstico de DAC neste tipo de pcte.

- O grande papel da ergometria nestes pctes é o de detectar pctes pseudoassintomáticos. Como assim? São aqueles pctes que começam a limitar as suas atividades diárias devido aos sintomas das valvopatias. Ex: o pcte que antes subia 3 andares de escada para chegar ao trabalho começa a sentir um leve cansaço e por isso passa a subir de elevador. Ao chegar na consulta o pcte fala que não sente dispneia mas isto se deve às alterações que adotou no dia-a-dia. Ao colocar este pcte na esteira pode-se notar uma baixa capacidade funcional com surgimento de sintomas mesmo com baixas cargas de esforço.

- Pode-se utilizar angiotomografia de coronárias para excluir DAC em pctes valvopatas com baixa probabilidade pré-teste

- Quando fazer coronariografia pré-operatória?

1- Hx de DAC

2- sintomas sugestivos de DAC

3- Homens >40anos

4- Mulheres após a menopausa

5- Presença de fatores de risco para DCV

- Quando considerar evitar a realização de coronariografia pré-operatória?

1- dissecção aguda de aorta

2- presença de grandes vegetações de valva aórtica próximas aos seios coronários (risco de embolia)

3- presença de trombose de prótese levando a instabilidade hemodinâmica

- Não é para ficar pedindo aortografia, venticulografia e medidas de pressões direitas e esquerdas de rotina no pré-operatório. Não há sentido em pedir aortografia + ventriculografia em pcte com IAo importante bem definida pelo quadro clínico + eco. isto não irá alterar em nada a conduta e traz risco de eventos adversos (ex: nefropatia por contraste). Só se deve solicitar tais procedimentos adicionais quando houver discordância entre a avaliação clínica e o exame ecocardiográfico. Ex: exame físico sugere IAo importante mas eco mostrou IAo moderada.