Novo guideline europeu de valvopatias - parte 10

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Novo guideline europeu de valvopatias

INSUFICIÊNCIA MITRAL SECUNDÁRIA

- A insuficiência mitral é dita secundária quando a válvula e o aparato subvalvar são normais e o refluxo resulta de anormalidades na geometria do ventrículo esquerdo (ex: cavidade dilatada o que leva a deslocamento dos músculos papilares e tração das cordas tendíneas e consequentemente das cúspides mitrais; dilatação do anel mitral, etc). O consenso europeu também classifica como IM secundária os casos de refluxo devido a infarto prévio (chamada de IM isquêmica).

- Nestes casos a intensidade do sopro não é proporcional à gravidade da valvopatia. Isto ocorre porque geralmente o VE encontra-se disfuncionante e assim não possui força contrátil suficiente para gerar gradientes de pressão tão intensos quanto um VE normal. Não é incomum escutar um sopro sistólico apenas discreto em um pcte com disfunção ventricular importante e IM significante.

- Em pctes que vão para revascularização cirúrgica do miocárdio e que apresentam IM secundária importante - também operar a valva. No caso de IM moderada - o consenso cita um estudo que observou melhora da qualidade de vida e da FE nos pctes que foram submetidos a anuloplastia mitral em associação a CABG.

- Nos casos de IM secundária - de forma geral preferir a realização de anuloplastia no lugar da troca valvar mitral. Apesar da taxa de recorrência da IM ser maior com a primeira técnica esta é mais simples e traz menor risco de complicações perioperatórias.