Novo FRAX® Brasil 2.0: quais as novidades?

Novo estudo epidemiológicodemonstrou que o risco de fratura por fragilidade no Brasil é menor do que o previamente  reportado.  Devido a isso, a ABRASSO (Associação Brasileira de Avaliação Óssea e Osteometabolismo) revisou a ferramenta FRAX® Brasil  e lançou  sua nova versão no 11º BRADOO (Congresso Brasileiro de Densitometria, Osteoporose e Osteometabolismo)  agora em setembro de 2024. A seguir, compilamos as principais novidades do FRAX®Brasil 2.0, que pode ser acessado no site https://abrasso.org.br/frax-brasil/. 

1. O modelo adotado na nova ferramenta é o híbrido: a linha de intervenção varia de acordo com a idade até os 70 anos; entre 70 e 90 anos de idade, a linha passa a ser fixa. Esta estratégia tem por objetivo diminuir a subestimação de risco que acontecia com o modelo antigo nos pacientes mais idosos

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2. O gráfico agora passa a mostrar três faixas de cores diferentes:  a verde, que indica baixo risco; a vermelha, que indica alto risco;  e a vinho, que indica muito alto risco. Desta forma, é possível agora utilizar a ferramenta para estratificar os pacientes com diagnóstico de osteoporose  e, assim, definir a melhor classe terapêutica.

3. Quando o cálculo de risco é realizado sem os dados da  densitometria óssea, o gráfico é composto por quatro faixas de cores: a verde, que indica baixo risco;  a amarela, que indica risco intermediário;  a vermelha, que indica alto risco;  e a vinho,  que indica muito alto risco. Uma vez que o risco do paciente seja plotado     na faixa amarela, continua a indicação de ter que realizar densitometria óssea para tomar alguma conduta terapêutica. No entanto… 

4. A faixa amarela possui agora uma linha de intervenção.  Se o paciente for plotado como risco intermediário, mas acima desta linha, o tratamento poderá ser iniciado.

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5. Uma vez que o cálculo de risco seja realizado sem os dados da densitometria, será gerado apenas o gráfico para fraturas maiores não aparecendo mais o gráfico para fraturas de quadril.

6. O novo modelo possui agora uma tabela para ajustes de risco. Cinco condições foram consideradas para ajuste: número de fraturas prévias; presença de diabetes mellitus tipo 2 (DM2); exposição a altas doses de glicocorticoide; número de quedas no último ano; e discrepância entre os escores T da coluna lombar e do colo de fêmur. Ao clicar no link  para a tabela de ajustes de probabilidade, surgirão as instruções de como  o ajuste deverá ser feito para cada condição. Mas atenção...

7. Mesmo que o paciente tenha mais de uma das condições citadas acima, não se deve realizar dois ou mais ajustes simultâneos, por não haver evidência que corrobore este cálculo simultâneo. Deste modo, os ajustes devem ser feitos separadamente, escolhendo, ao final, aquele que gerar o maior risco.

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Exemplos de ajustes:

1. Se dose de prednisona (ou equivalente) maior ou igual que 7,5mg/dia, multiplicar por 1,20 o risco de fraturas de quadril e por 1,15 o risco de fraturas maiores.
2. Se presença de DM2: marcar "sim" para artrite reumatóide ou aumentar a idade em 10 anos ou diminuir o T-escore do colo do fêmur em 0,5.
3. Se 2 fraturas prévias, multiplicar o risco de fraturas maiores e de quadril por 1,1; se 3 fraturas, multiplicar por 1,2; se 4 ou mais fraturas, multiplicar por 1,3.
4. Se 1 queda no último ano, multiplicar o risco de fraturas maiores e de quadril por 1,2; se 2 quedas, multiplicar o risco de fraturas maiores por 1,3 e o de quadril por 1,5; se 3 ou mais quedas, multiplicar o risco de fraturas maiores por 1,7 e o de quadril por 2.
5. Se T-escore da coluna lombar discortante do colo do fêmur (mais baixo): aumentar em 10% o risco de fraturas maiores a cada 1 devio-padrão de diferença (arredondar o valor da diferença). Exemplo: se T-escore da coluna é -3,1 e o do colo do fêmur é -1,2, a diferença é de 1,9. Arredondando para 2,0, temos 2 desvios-padrão de diferença, devendo aumentar o risco em 20% (multiplicar por 1,20).

As imagens foram retiradas do site da ABRASSO: www.abrasso.org.br/frax-brasil/no dia 12/09/2024.

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