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Intertrigo Resistente?
Escrito por
Alvaro Alves
Publicado em
26/12/2022
Por Luís Lessa
O intertrigo é uma dermatose que surge em áreas de dobras como axilas, virilhas e entre os dígitos e que tende a piorar em situações de aumento do atrito, temperatura e umidade. Frequentemente há associação de cândida e dermatófitos complicando os quadros iniciais.
Além das medidas comportamentais e ambientais para diminuir os fatores predisponentes como correta secagem das dobras, uso de roupas leves e evitar atrito excessivo, frequentemente prescrevemos antifúngicos tópicos para o tratamento das infecções secundárias por cândida e dermatófitos.
Nesses casos, devemos escolher azólicos tópicos ou ciclopirox olamina por seus espectros de atividade que englobam as leveduras e os dermatófitos. A terbinafina e butenafina tópicas -embora excelentes contra os dermatófitos - tem ação limitada contra as cândidas.
No entanto, o que fazer quando os pacientes, apesar das medidas comportamentais e antifúngicos, não melhoram mesmo após cursos longos de tratamento? Nesses casos devemos lembrar que não apenas os agentes micóticos podem provocar infecção secundária nos intertrigos, mas também os agentes bacterianos. Streptococcus, Staphylococcus e outros gram positivos podem estar envolvidos. Quando um intertrigo não responder a medidas comportamentais e antifúngicos, lembrar de tratar infecção bacteriana secundária, as opções são a eritromicina, mupirocina e ácido fusídico tópicos!