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Na prática clínica a grande parte dos IAM que um cardiologista se depara tem etiologia aterosclerótica. Ou seja, uma placa aterosclerótica sofre uma erosão aguda gerando uma série de repercussões às quais levam ao infarto tipo 1. Este é o tipo de infarto que ocorre devido a complicações primariamente coronarianas - outro exemplo além da aterosclerose seria a dissecção de coronária.
Contudo, cada vez mais nos deparamos com infartos do tipo 2 que são os decorrentes por problemas originados fora das coronárias. Exemplos são: anemia acentuada, aumento de consumo secundário a taquiarritmias, etc. Um exemplo clássico de IAM tipo 2 é a embolia coronariana. Esta geralmente tem etiologia intracardíaca.
Abaixo temos imagens que exemplificam um IAM embólico. Trata-se de pcte de 31 anos com próteses mecânicas em posição mitral e aórtica que chegou ao pronto-socorro com dor torácica típica. ECG revelou supra de ST de parede anterior.
httpv://www.youtube.com/watch?v=Da3OnnlIlPE&list=UUlNIx-dih_PN9C_noVw4zWA&index=2&feature=plcp
O cate revelou imagem negativa no terço proximal da DA bastante sugestiva de êmbolos.
Este pcte encontrava-se em uso regular de marevan mas o seu INR na admissão era de 2,1. Lembrar sempre que o ideal em pctes com prótese mecânica mitral é manter o INR entre 2,5 e 3,5 justamente porque há risco maior de formação de trombos devido à baixa velocidade do sangue através da prótese mitral. Já pctes com prótese mecânica aórticapodem ficar com INR entre 2 e 3 - a alta velocidade do sangue através da prótese inibe a formação de trombos.
Outro aspecto interessante deste caso é o vídeo abaixo que mostra ambas as próteses de duplo disco abrindo e fechando.
httpv://www.youtube.com/watch?v=N9QyQQJ0U5Q&list=UUlNIx-dih_PN9C_noVw4zWA&index=1&feature=plcp