II DIRETRIZ BRASILEIRA DE PERIOPERATÓRIO - 2011

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II DIRETRIZ BRASILEIRA DE PERIOPERATÓRIO - 2011

Tendo em vista ao grande número de evidência desde a última edição desta diretriz (2007), a Sociedade Brasileira de Cardiologia divulga a II DIRETRIZ BRASILEIRA DE PERIOPERATÓRIO. Neste documento nota-se a evolução quanto a estruturação e sistematização do conteúdo com orientações mais amplas e detalhadas.

A idéia proposta na última diretriz em 2007 e corroborada nesta edição e torna-se marcada pela seguinte frase que define o objetivo deste doumento:

“Infelizmente, não chegamos ao limite de anular o estresse provocado pela intervenção cirúrgica nem todas as suas consequências, mas o leitor perceberá que há muito que pode ser feito para tornar mais tranquilo e bem sucedido o procedimento cirúrgico, sem ferir a verdade científica.” (II Diretriz de Avaliação Perioperatória da Sociedade Brasileira de Cardiologia- 2011)

Novidades:

  1. Quanto a consulta médica de avaliação perioperatória, é ressaltado a importância da certificação do envio e recebimento do parecer ao solicitante, e se necessário entrar em contato pessoalmente, ou por algum meio de comunicação, com o cirurgião e/ou anestesista. Essa atitude comprovadamente aumenta a adesão às medidas de cuidados perioperatórios propostas.
  2. A realização de ECG de rotina para pacientes Assintomáticos e com proposta de cirurgia de baixo risco, CONTINUA desencorajado e com Classe IIIC. Já a solicitação de ECG para todos aqueles com mais de 40 anos passou de classe I para Classe IIa. Tendência mais exposta de racionalização de solicitação de exames que geralemente não alteram desfecho no período operatório e trazem custos não justificável em uma proposta populacional.
  3. A solicitação de Radiografia de tórax agora ganha recomendação IIa para pacientes maiores de 40 anos e para aqueles com proposta de intervenções de médio e grande porte, principalmente intra torácicas e intra- abdominais.
  4. Enfoque em algoritmos de avaliação perioperatória.
  5. Estratificação do Tipo de intervenção em Alto, intermediário e baixo risco de Eventos ( antes estratificava-se apenas o paciente);
  6. Rcomendação da utilização de algoritmo de avaliação da American College of Physicians (ACP), nesta nova edição, menciona os da American College of Cardiology/American Heart Association (ACC) , e o índice cardíaco revisado de Lee. Criação de um fluxograma com utilização dos dois principais algoritmos em conjunto.
  7. Na Avaliação perioperatória, o Teste ergométrico ficou em segundo plano devido a muitos indivíduos não atingirem a carga de trabalho adequada e por não possuir a mesma acurácia dos exames fundionais de imagem ( cintilografia e Eco com estresse farmacológicos. Portanto é recomendado em locais em que não se desponha dos exames de imagem e somente em pacientes com risco intermediário ( não para alto risco e nem para baixo risco);
  8. É Recomendado não utilizar Angiotomografia de coronárias e cineangiocoronariografia em substituição de cintilografia e ecocardiograma com estresse farmacológicos em pacientes de risco intermediário ( não são exames funcionais);
  9. Inclusão da dosagem de BNP pré operatória na avaliação complementar ( valor prognóstico) – IIa NE B;
  10. Não recomenda a utilização de b-bloquadores ( proteçãoi farmacológica) em portadores de valvulopatias, principalmente naquelas anatomicamentes importantes ( excluindo-se estenose mitral). A estatina como proteção farmacológica perioperatoria também ao está indicada nestes pacientes;
  11. Orientações detalhadas em diferentes grupos que necessitam de cuidados especiais ( portadores de marcapassso e CDI; transplantes de fígado, de rim etc);
  12. Permissão e incentivo para utilização de Anestésicos locais com Vasoconstrictores ( lidocaina 2% + epinefrina 1:100.000) em procedimentos odontológicos para pacientes cardiopatas;
  13. Procedimentos percutâneos ( endopróteses) para correção de Aneurismas de Aorta Abdominal , agora são considerados de Risco intermediário;

E MUITO MAIS...

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A Equipe editorial do Cardiopapers parabeniza todos os participantes da II Diretriz Brasileira de Perioperatório pela evolução na qualidade do documento refletindo o esforço na produção de algo novo e útil para todos o clínicos do país.

Recomendamos fortemente a leitura desta diretriz.