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Guia de medicamentos cardiovasculares: Adrenalina
Escrito por
Fernando Figuinha
Publicado em
11/2/2014
A adrenalina (ou epinefrina) age como um potente agonista alfa e beta-adrenérgico. Discutiremos alguns detalhes do seu uso como infusão contínua.
Indicação: vasopressor; cronotrópico positivo (em bradicardia instável).
Mecanismo de ação: pelo estímulo beta-1: aumenta contratilidade (efeito inotrópico), aumenta condução AV e automatismo. Pelo estímulo beta-2: broncodilatação, vasodilatação musculatura esquelética. Pelo efeito alfa: vasocontrição, reposta de fuga. Em baixas doses predomina efeito beta (vasodilatação). Em altas doses, efeito alfa – vasoconstrição, aumento da resistência vascular sistêmica e da pressão arterial.
Apresentação: ampola com 1ml – Adrenalina 1:1.000 = 1 mg/ml.
Diluição (concentração 60mcg/ml):
Soro Glicosado 5% 188ml EV em bomba de infusão contínua
+ Adrenalina 1mg/ml – 12 amp
Dose: 2 a 10 mcg/min ou 0,1 a 2 mcg/kg/min ( conforme tabela prática).
Tabela prática:
Cuidados: utilizar em infusão contínua em cateter venoso central. Manter proteção da luz já que a medicação é fotossensível (igual à noradrenalina). É incompatível com bicarbonato (precipita em soluções alcalinas).
Contra-indicações: alergia à epinefrina ou outro simpaticomimético. Relativas: glaucoma de ângulo fechado; hipertensão; aterosclerose cerebral; hipertireoidismo, durante trabalho de parto (risco de anóxia fetal). Cuidado se insuficiência coronariana – devido aos seus efeitos beta-adrenérgicos, ela pode aumentar o trabalho miocárdico e reduzir a perfusão sub-endocárdica; e se insuficência cardíaca – em altas doses pode aumentar a resistência vascular sistêmica.
Efeitos colaterais: arritimias, dor torácica, cefaléia, tontura.
Uso na gravidez: classe C. É eliminado no leite materno.
Outras indicações: parada cardíaca, choque anafilático, crise asmática grave.
Nomes comerciais: Epifrin®, Efrinalin®, Drenalin®.