Definindo a passagem dos cateteres umbilicais

A passagem de catéter umbilical é um procedimento importante em neonatologia, principalmente no prematuro extremo, crianças malformadas e/ou clinicamente graves.

A veia e artérias umbilicais são os acessos vasculares mais fáceis de se obter em um Recém-Nascido (RN). A cateterização da veia serve para infundir medicamentos, soros e hemoderivados, enquanto a cateterização da artéria umbilical permite a coleta de exames de sangue e monitoração de forma invasiva da pressão arterial.

O primeiro passo é a escolha do cateter:

• CATETER VENOSO UMBILICAL:
  • 5F: abaixo de 3,5 kg;
  • 8F: acima de 3,5 kg.
• CATETER ARTERIAL UMBILICAL:
  • 3,5F: abaixo de 1,2 kg;
  • 5F: acima de 1,2 kg.

Em seguida, medir a distância entre o ombro e o umbigo, a fim de determinar o quanto do cateter ficará introduzido.

Figura 1. Medição da distância entre o ombro e o umbigo.

Fonte: Estimating umbilical catheter insertion depth in newborns using weight or body measurement: a randomised trial, 2015.

Deve-se utilizar a seguinte tabela:

Figura 2. Valores da medição ombro-umbigo.

Distância Ombro-Umbigo (cm)Localização Venosa95,7106,5117,2128,0138,5149,51510,01610,51711,51812,5

Fonte: elaborado pelo autor.

• Vale complementar com os gráficos e fórmulas a seguir:

• Catéter venoso umbilical = 1,5 x peso (kg) + 5,6 posicionado entre o diafragma e o átrio direito.

Figura 3.

Fonte: Estimating umbilical catheter insertion depth in newborns using weight or body measurement: a randomised trial, 2015.

• Cateter arterial umbilical = 2,5 x peso (kg) + 9,7 posicionado acima do diafragma.

Figura 4.

Fonte: Estimating umbilical catheter insertion depth in newborns using weight or body measurement: a randomised trial, 2015.

É importante realizar esses passos para a adequada passagem dos cateteres umbilicais.

Referência:

KIERAN, E. A.; LAFFAN, E. E.; O'DONNELL, C. P. F. Estimating umbilical catheter insertion depth in newborns using weight or body measurement: a randomised trial. Archives of Disease in Childhood - Fetal and Neonatal, v. 101, n. 1, 2015. Disponível em: http://dx.doi.org/10.1136/archdischild-2014-307668. Acesso em: 08 dez. 2023.