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Compressão pneumática intermitente - quando utilizar?
Escrito por
Eduardo Lapa
Publicado em
10/3/2011
Pacientes cardiopatas internados em UTIs são considerados como de risco elevado para eventos tromboembólicos. Costuma-se utilizar nestes casos heparina (de baixo peso ou não fracionada) para diminuir o risco de eventos trombóticos. Contudo, não é incomum encontrarmos pctes com contraindicações ao uso da heparina. Geralmente isto se dá pela presença de sangramentos (ou potencial elevado de sangramentos) mas também pode ocorrer devido a plaquetopenia induzida por heparina ou por coagulopatia.
O que fazer nestes casos para não deixar o pcte desprotegido em relação à trombose? Uma ótima alternativa são os dispositivos de compressão pneumática intermitente. Trata-se de um aparelho que envolve as pernas do pcte e que, ao se insuflar de ar de forma intermitente, comprime as panturrilhas do pcte diminuindo assim a estase sanguínea e consequentemete o risco de formação de trombos no local.
A contraindicação formal ao dispositivo é a presença de doença arterial periférica grave levando à isquemia do membro. Obviamente a compressão pneumática nestes casos pode piorar ainda mais a perfusão do local. Além disso deve-se ter cuidado nos pctes que estão há mais de 72 horas acamados sem uso de nenhum tipo de profilaxia para TVP. Nestes casos a compressão pneumática intermitente pode ser responsável por deslocar trombos já formados no mmii. O que pode ser feito nesta situação é, antes de iniciar o uso de dispositivo, realizar um USG doppler de mmii para descartar a presença de trombos.
Segue abaixo um vídeo mostrando um dos muitos dispositivos disponíveis de compressão pneumática intermitente.