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Como interpretar o teste de avidez de IgG para toxoplasmose congênita?
Escrito por
Lygia Lauand
Publicado em
24/10/2023
A toxoplasmose congênita é causada pela infestação pelo T. gondii durante a gestação em mulheres soronegativas e, eventualmente, decorrente de reinfecção materna por parasitas mais agressivos ou de reagudização em mães imunodeprimidas. A infecção materna é classificada como provável na presença de:
- IgM+ anti-T. gondii em mulher sintomática;
- IgG+ anti-T. gondii e baixo índice de avidez;
- aumento progressivo de títulos IgG e IgM.
A presença de IgG+ antes da gestação ou IgM+ sem aparecimento de IgG+ exclui a possibilidade de infestação durante a gestação.
A comparação dos títulos de IgG obtidos por meio de um mesmo teste laboratorial em duas amostras consecutivas de sangue, colhidas com pelo menos três semanas de intervalo, permite o diagnóstico de infecção aguda materna se forem detectados soroconversão (exame previamente negativo torna-se positivo) ou aumento dos níveis de anticorpos IgG associado à presença de IgM.
O teste de avidez de IgG é importante para determinar a época da infecção pelo toxoplasma na gestante, visto que a alta avidez indica que os anticorpos foram produzidos há mais de 12 a 16 semanas. A presença de baixa avidez de IgG associada ao resultado positivo de IgM e IgG indica uma infecção recente, adquirida durante a gestação ou antes dela, pois baixos índices de avidez podem durar até um ano.