Como agir quando chega uma criança em parada cardiorrespiratória na emergência?

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Enquanto os socorristas seguem com a RCP (15 compressões:2 ventilações), o paciente deve ser monitorizado com monitor cardíaco e oximetria de pulso. Deve-se rapidamente obter um acesso periférico (venoso ou intraósseo) para receber as medicações durante a reanimação. A ventilação deve ser feita com bolsa-valva-máscara e oxigênio a 100%. Deve-se assim que possível garantir uma via aérea pérvia, com intubação orotraqueal preferencialmente ou máscara laríngea. A partir do momento em que o paciente está intubado, não há necessidade de suspender as compressões torácicas para realizar a ventilação. Deve-se manter uma frequência constante de compressão de 100 a 120/minuto e uma frequência de ventilação de 20 a 30/minuto.

Assim que possível, aplicar a epinefrina na dose de 0,01mg/kg. É a principal droga na PCR, e pode ser repetida a cada 3-5 minutos.

Os socorristas devem revezar as suas funções a cada 2 minutos, quando há o momento da checagem do ritmo. Os ritmos de parada mais frequentes na pediatria são a assistolia e a atividade elétrica sem pulso, que são ritmos não chocáveis. Nesses casos, deve-se seguir com compressões torácicas e epinefrina até que a circulação espontânea retorne.

Caso o paciente apresente um ritmo chocável (taquicardia ventricular ou fibrilação ventricular), deve-se aplicar um choque de inicialmente 2 joules/kg. Após o choque, seguir imediatamente com as compressões. Caso seja necessário um novo choque, realizar com carga aumentada de 2 em 2 joules/kg até no máximo 10 joules/kg. Durante a RCP com um ritmo chocável, além da epinefrina pode-se também aplicar a amiodarona ou a lidocaína.