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Classificação de insuficiência mitral: o que mudou na nova diretriz de valvopatia?
Escrito por
Eduardo Lapa
Publicado em
21/3/2017
Já vimos em posts anteriores que há várias formas de se graduar a insuficiência mitral (IM) pelo eco (PISA, vena contracta, presença de fluxo sistólico reverso em veias pulmonares, entre outros). O guideline europeu de eco define o método de PISA como o melhor para definir a intensidade da IM pelo eco. Nas diretrizes prévias, fazia-se uma distinção para a graduação da insuficiência mitral primária (quando a valva está doente como por exemplo na valvopatia reumática) da IM secundária (quando a valva é normal ou pouco acometida e o refluxo decorre de outros fatores como a dilatação do VE, por exemplo). Definia-se assim:
- IM primária: importante se área do orifíco regurgitante efetivo (ERO em inglês) ≥ 0,4 cm2 ou volume regurgitante efetivo ≥ 60 mL
- IM secundária: importante se área do orifíco regurgitante efetivo (ERO em inglês) ≥ 0,2 cm2 ou volume regurgitante efetivo ≥ 30 mL
A nova diretriz de valva de 2017 facilita a classificação e passa a usar o mesmo critério para ambos os tipos de IM. Resumindo:
- Nova diretriz de valva 2017 ⇒ IM importante se: área do orifíco regurgitante efetivo (ERO em inglês) ≥ 0,4 cm2 ou volume regurgitante efetivo ≥ 60 mL. Isto serve tanto para IM primária quanto secundária.