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Cardiopata com insuficiência renal aguda - que medidas tomar?
Escrito por
Eduardo Lapa
Publicado em
5/4/2012
Cada vez mais o cardiologista se depara com pacientes graves com insuficiência renal aguda. Esta muitas vezes é consequência da cardiopatia ou de seu tratamento mas muitas vezes é a causa da descompensação da doença cardíaca. De uma forma ou de outra o cardiologista clínico deve estar habituado com o manejo deste tipo de pcte. Para simplificar as condutas que podem ser tomadas nestes casos, colocamos o mnemônico abaixo:
A diálise fica como recurso final caso as outras medidas não controlem a situação.Inotrópicos são usados geralmente em pctes com disfunção sistólica de VE ou de VD que exibem sinais de baixo débito (clínicos ou laboratoriais)O ajuste de medicações para a função renal é fundamental em cardiopatas. Assim, pcte com ICC em uso de digoxina que chega com IRA deve ter ou o digital suspenso ou pelo menos diminuir a dose e dosar a digoxinemia para evitar intoxicação, por exemplo. Da mesma forma, pcte cardiopata e diabético com Cr > 1,5 deve ter a metformina suspensa devido ao risco de acidose láctica pelo antidiabético ser mais elevado em pctes com disfunção renal.O diurético de alça é a melhor medicação para o controle da hipervolemia em pctes com IRA que ainda apresentam diurese residualA interrupção de medicações nefrotóxicas ajuda a preservar a função renal. lembrar de AINES, alguns imunossupressores (ex: ciclosporina usada em transplantados), ieca/bra (que não são exatamente nefrotóxicos mas que podem exacerbar a piora da função renal em determinadas situações), etcA sonda vesical de demora além de tratar situações de ira pós-renal ajuda a monitorizar o débito urinário com precisão em pctes gravesA expansão volêmica é a conduta de escolha nos casos de ira pré-renal.