Bolhas Flácidas Ou Tensas? Saber Diferenciar Vai Fazer Toda A Diferença

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Buloses são doenças dermatológicas bastante frequentes. No geral, essas patologias são divididas em dois grandes grupos: intraepidérmicas ou subepidérmicas. No primeiro grupo estão os pênfigos e, no segundo, temos doenças como penfigóide bolhoso, dermatite herpetiforme, dermatose por IgA linear e epidermólise bolhosa.Os achados histopatológicos são determinantes para classificarmos essas doenças: clivagem acima da membrana basal nas buloses intraepidérmicas e abaixo dessa membrana nas subepidérmicas. Porém, alguns achados clínicos conseguem nos guiar na direção correta do diagnóstico.

No caso das buloses intraepidérmicas, o teto da bolha fica com menos camadas de queratinócitos, consequentemente mais fino, o que deixa a bolha com aspecto flácido. O líquido da bolha não ocupa toda a extensão da lesão e verificamos ao exame a presença de um nível de líquido. Além disso, nos casos em que a clivagem é ainda mais superficial, como no pênfigo foliáceo, bolhas podem ser difícil de serem vistas e encontramos apenas erosões (perda do teto da bolha) ou crostas (líquido da bolha que secou).

Figura: Erosões e crostas. Fonte: VisualDx

Figura: Bolhas flácidas com nível de líquido. Fonte: VisalDx

Figura: Clivagem intraepidérmica no pênfigo vulgar. Fonte: VisualDx

Já no caso das buloses subepidérmicas temos um teto mais forte, com mais camadas de células e que não se rompe com facilidade. Nesses casos, a bolha se apresenta firme, tensa e repleta de conteúdo, sem nível de líquido.

Figura: Bolhas tensas. Fonte: VisualDx

Figura: Clivagem subepidérmica no penfigóide bolhoso. Fonte: VisualDx

Fonte:Bolognia, J., Schaffer, J. and Cerroni, L., 2018. Dermatology. [Philadelphia]: Elsevier.