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As internações na UTI neonatal podem ser inesperadas, e muitas vezes são rupturas nas expectativas da família. As situações clínicas que indicam transferência à UTI neonatal podem ser desde patologias simples e autolimitadas, como uma taquipneia transitória, até aquelas mais graves e de longa duração, como prematuridade extrema e malformações. Independentemente do motivo, cabe a nós, como equipe de saúde, acolhermos essas famílias.
De acordo com o estudo de revisão realizado no Pará por Deisiane da Silva Mesquita et al., publicado em 2019 e intitulado “Acolhimento de Enfermagem na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) neonatal segundo binômio pais-filhos: estudo de revisão integrativa da literatura”, as principais evidências embasadas na literatura mundial sobre esse assunto são:
- Disponibilidade da equipe para conversar com a família, oferecendo informações acessíveis, porém detalhadas, sobre estado clínico e procedimentos realizados, assim como garantir apoio emocional;
- Grupos de apoio aos pais são eficazes e úteis. Geram interações com outras famílias, fortalecendo vínculos;
- Reconhecer mudança cultural do pai não somente como provedor, mas também como cuidador do lar e da família ao lado da mulher. Também é necessário compreender e acolher outros formatos de família, incluindo as homoafetivas ou com somente 1 cuidador;
- Fomentar visitas frequentes e ajudar a perder o medo do contato físico com seus filhos internados;
- Proporcionar que a família faça parte dos cuidados, conforme a situação clínica assim o permitir;
- Ajudar os pais a compreenderem o “filho real” em detrimento do filho que tinham imaginado ou idealizado. Aprender a amar o filho que têm.
Por todos esses motivos expostos, é tão importante fomentar a integração entre as famílias e a equipe multiprofissional, de modo a acolher suas demandas e ajudá-las a enfrentar as dificuldades vividas durante a internação na UTI neonatal.
Referência:
MESQUITA, D. et. al. Acolhimento de Enfermagem na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) neonatal segundo binômio pais-filhos: estudo de revisão integrativa da literatura. Revista Eletrônica Acervo Saúde, v. 11, n. 13, p. 1-8, 2019. Disponível em: https://acervomais.com.br/index.php/saude/article/view/980. Acesso em: 14 ago. 2023
