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A acne neonatal é uma dermatose transitória, caracterizada por lesões inflamatórias e obstrutivas na face que costumam ser leves e autolimitadas. Ocorre entre 2-4 semanas de vida e acomete cerca de 20% dos recém-nascidos, os quais são em sua maioria do sexo masculino, na proporção homem-mulher de 5:1.
A acne neonatal é uma dermatose acomete recém-nascidos nos primeiros meses de vida, caracterizada por lesões cutâneas principalmente na face, incluindo fronte, região malar bilateral e mento. As lesões variam desde comedões fechados a comedões abertos, pápulas inflamatórias e pústulas.
Sua etiologia envolve o aumento da produção de sebo decorrente do crescimento das glândulas sebáceas, estimuladas por andrógenos maternos e neonatais. A acne no período neonatal prevalece sua incidência em neonatos do sexo masculino, devido ao fato de suas glândulas sebáceas receberem estimulação androgênica da glândula adrenal e do testículo. Além disso, estudos recentes destacam a influência da colonização das glândulas sebáceas por espécies de Malassezia, principalmente Malassezia sympodialis, Malassezia furfur e Malassezia globosa.
Na maior parte das vezes a acne neonatal resolve-se espontaneamente em um período de 1 a 3 meses e não há formação de cicatrizes . A acne que surge aos 18 meses é muito mais preocupante do que aquela que surge aos 18 dias de vida, com relação às patologias no eixo adrenal-hipófise-gonadal.
Os diagnósticos diferenciais costumam ser com melanose cefálica neonatal, miliária, eritema toxico neonatal.
A maioria dos casos de acne neonatal não requer tratamento, porém o tratamento, quando necessário, envolve medidas de higiene da pele, retinóides tópicos e antibióticos tópicos, a depender das lesões apresentadas. A loção de peróxido de benzoíla a 2,5% ou uma solução de eritromicina a 2% são alternativas seguras.
Referências:
http://hdl.handle.net/10400.16/1231
https://doi.org/10.1590/S0365-05962006000400009