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Depressão perinatal é aquela que pode ocorrer durante a gravidez e/ou até 1 ano após o nascimento da criança.A incidência nos EUA é alta: uma em cada 7 a 10 mulheres grávidas e 1 em cada 5 a 8 mulheres no pós-parto desenvolvem um transtorno depressivo, ou seja, algo em torno de 500.000 mil mulheres ao ano. A taxa média de depressão durante o período perinatal é de 11,5%.A etiologia possivelmente é o resultado de uma interação complexa envolvendo genética, epigenética, o eixo neuroendócrino hipotalâmico-hipofisário-adrenale fatores ambientais e sociais.Durante a gravidez, a depressão não tratada está associada a uma maior incidência de parto prematuro, pré-eclâmpsia, baixo peso ao nascer, distúrbios de comportamento do bebê ao nascer e suicídio materno. Após o parto, quando não identificada, apresenta repercussões tanto para a mãe quanto para o bebê. Para a mãe, pode levar à tristeza intensa, ansiedade acentuada e desinteresse pela vida e pelo filho, muitas vezes resultando em vínculo materno pobre ou ausente com o bebê. Também dificulta a amamentação em relação a realização e o tempo de manutenção da mesma.
O American College of Obstetricians and Gynecologists sugere que todas as gestantes devem ser rastreadas para depressão perinatal pelo seu médico do pré-natal na consulta inicial e novamente no último trimestre. As puérperas devem ser avaliadas e questionadas sobre sentimentos e sensações pelo pediatra e médico pré-natalista.
Uma das ferramentas de triagem mais simples e confiáveis é a Escala de Depressão Pós-Natal de Edimburgo (EPDS), que falaremos mais detalhadamente em seguida.
ReferênciaACOG COMMITTEE. ACOG Committee Opinion n. 757: Screening for Perinatal Depression. Obstet Gynecol, v. 132, n. 5, p. 208-212, nov 2018. DOI: 10.1097/AOG.0000000000002927.